Quinto trabalho dos austríacos Ecliptica que nos surgem entre a sonoridade mais melódica do heavy metal, ali a roçar o hard rock e com umas pitadas de power metal. A banda conta com dois vocalistas, uma feminina (Sandra Urbanek) e um masculino (Thomas Tieber) que ajuda a diversificar o seu som embora por vezes o mesmo pareça diversificado demais. Uma música como "Round'N'Round", por exemplo, que surge como a terceira no alinhamento e que nos parece mais uma versão de uma música qualquer obscura de pop da década de oitenta (e na volta até é. Apenas não temos cultura suficiente para descortinar qual é) e que acaba por ficar a boiar no resto do trabalho.
Não é dizer que não existam temas em que tenhamos refrões bem alegres (que tanto podem estar numa banda de power metal, daquelas bem happy, como poderiam estar numa banda de rock FM da década de oitenta - e é assim que nos apercebemos, quase inadvertidamente, das semelhanças entre os dois estilos) como prova a "Road To Nowhere", mas são os momentos mais rock/metal que nos fazem chamar a atenção. "Welcome To the Show" e "Hate The Pain", as duas primeiras músicas apontam nesse sentido mas depois a coisa parece que vai noutra direcção, o que é uma espécie de desilusão.
Não é que temas como "One For Rock'N'Roll", "Need Your Love" (este com um início gamadíssimo da "Hysteria" dos Def Leppard) e "For Good" não sejam bons temas, apenas não é aquilo que os dois já citados temas indicavam que teríamos. Claro que um tema instrumental como "Persephone" ou a bem (power) metal "Hero Of The Day" se revelem excelentes temas mas no geral o que tem mais peso, ironicamente, são os temas menos pesados. Ainda assim, um bom álbum que agradará aqueles que até dispensam um pouco de peso em favor da melodia. Disso há aqui muito. Como curiosidade fica a (boa) versão da "Sleeping In My Car" dos Roxxete que surge como tema bónus.
Nota: 6.7/10
Review por Fernando Ferreira
Não é dizer que não existam temas em que tenhamos refrões bem alegres (que tanto podem estar numa banda de power metal, daquelas bem happy, como poderiam estar numa banda de rock FM da década de oitenta - e é assim que nos apercebemos, quase inadvertidamente, das semelhanças entre os dois estilos) como prova a "Road To Nowhere", mas são os momentos mais rock/metal que nos fazem chamar a atenção. "Welcome To the Show" e "Hate The Pain", as duas primeiras músicas apontam nesse sentido mas depois a coisa parece que vai noutra direcção, o que é uma espécie de desilusão.
Não é que temas como "One For Rock'N'Roll", "Need Your Love" (este com um início gamadíssimo da "Hysteria" dos Def Leppard) e "For Good" não sejam bons temas, apenas não é aquilo que os dois já citados temas indicavam que teríamos. Claro que um tema instrumental como "Persephone" ou a bem (power) metal "Hero Of The Day" se revelem excelentes temas mas no geral o que tem mais peso, ironicamente, são os temas menos pesados. Ainda assim, um bom álbum que agradará aqueles que até dispensam um pouco de peso em favor da melodia. Disso há aqui muito. Como curiosidade fica a (boa) versão da "Sleeping In My Car" dos Roxxete que surge como tema bónus.
Nota: 6.7/10
Review por Fernando Ferreira