Se há um nome do punk/hardcore/crust que mais tenha influenciado inúmeras bandas metal/crossover, esse nome é, sem dúvida, os britânicos Discharge, com um álbum para lá de mítico e histórico: “Hear Nothing See Nothing Say Nothing”. De tal forma histórico que parece que tudo o que fez desde esse ponto acabou por soar inconsequente, não o sendo verdadeiramente. Pelo menos, não por completo. Da instabilidade ninguém os livrou, sendo que esta presente encarnação é o terceiro regresso da banda (que já dura desde 2001) e “End Of Days” é o sétimo álbum que surge precisamente oito anos após o último.
O que temos é o punk/hardcore/Crust bruto da banda ao nível daquilo que o seminal primeiro álbum nos trouxe em 1982, mas não queremos ser blasfemos nem ferir susceptibilidades. Não existem aqui faixas imediatas como a “The Possibility Of Life’s Destruction” mas o espírito hardcore selvagem está lá, ainda que um saudável travo metálico (temos aqui muitos bons solos). Se a banda influenciou nomes tão díspares como Metallica e Hellhammer/Celtic Frost, aqui temos um conjunto de músicas que podem fazer o mesmo neste novo milénio, vivêssemos nós numa época diferente.
E a questão é essa mesmo. Não vivemos numa época diferente e este trabalho, de qualidade superior, pode muito bem passar despercebido na infinidade lançamentos semanais e mensais que temos, ainda que estejam agora na toda poderosa Nuclear Blast. Independentemente dos tempos serem outros, é impossível não se ficar espantando com a energia pura e dura de temas como “Hatebomb”, “Looking At Pictures Of Genocide” e “Hung Drawn And Quartered”. Mesmo que não influenciem toda uma nova geração de música extrema, não deixa de ser um álbum capaz de suportar o teste do tempo.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
O que temos é o punk/hardcore/Crust bruto da banda ao nível daquilo que o seminal primeiro álbum nos trouxe em 1982, mas não queremos ser blasfemos nem ferir susceptibilidades. Não existem aqui faixas imediatas como a “The Possibility Of Life’s Destruction” mas o espírito hardcore selvagem está lá, ainda que um saudável travo metálico (temos aqui muitos bons solos). Se a banda influenciou nomes tão díspares como Metallica e Hellhammer/Celtic Frost, aqui temos um conjunto de músicas que podem fazer o mesmo neste novo milénio, vivêssemos nós numa época diferente.
E a questão é essa mesmo. Não vivemos numa época diferente e este trabalho, de qualidade superior, pode muito bem passar despercebido na infinidade lançamentos semanais e mensais que temos, ainda que estejam agora na toda poderosa Nuclear Blast. Independentemente dos tempos serem outros, é impossível não se ficar espantando com a energia pura e dura de temas como “Hatebomb”, “Looking At Pictures Of Genocide” e “Hung Drawn And Quartered”. Mesmo que não influenciem toda uma nova geração de música extrema, não deixa de ser um álbum capaz de suportar o teste do tempo.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira