Álbum de estreia dos italianos Ad Vitam que nos apresentam um death metal à antiga - ou seja, daqueles que nem faz lembrar o sufixo core - e que conseguem empolgar todos os que tinham saudades de uma proposta, uma verdadeira proposta deste tipo de death metal (algo como Dark Tranquility antigo ou os nossos saudosos Celestial Dark caso estes fossem mais pesados e apostassem mais no poderio das guitarras. A proposta dá-se com uma intro à antiga chamada "Exosfear" e por intro à antiga entendemos que temos teclados a apelar ao sinfónico que teriam grande efeito em 1994 mas que agora já soam deslocados.
Independentemente disso, o poder das guitarras realmente fala mais alto é na sua dinâmica que somos embalados durante quase uma hora. E embalados é o termo correcto, porque apesar da nostalgia fazer com que se goste aquilo que se está a ouvir, não se tem propriamente algo de empolgante, algo que prenda a atenção durante a sua duração. O peso é indiscutível, a forma como algumas músicas usam as harmonias e melodias de forma sábia (como as "Fall Of Colective Consciousness", a "Inception" e a "Join Me In Farewell") é apreciável, mas depois falta consistência, falta algo mais.
É uma falácia dizer que "Stratosfear" não consegue melhores resultados por não ser original ou por seguir por uma vertente que já está, infelizmente, em desuso. Os resultados não são melhores porque parece faltar aqui alguma maturidade nas músicas em questão e no trabalho como um todo. Ainda assim, temos um forte potencial a ser-se realizado nos próximos trabalhos que de certeza beneficiarão da maior experiência que a banda vai adquirir e que lhes permita deixar de parte músicas como "Plagues Of Nothing" (ou no mínimo repensá-las, já que a sua secção intermédia é realmente interessante).
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Independentemente disso, o poder das guitarras realmente fala mais alto é na sua dinâmica que somos embalados durante quase uma hora. E embalados é o termo correcto, porque apesar da nostalgia fazer com que se goste aquilo que se está a ouvir, não se tem propriamente algo de empolgante, algo que prenda a atenção durante a sua duração. O peso é indiscutível, a forma como algumas músicas usam as harmonias e melodias de forma sábia (como as "Fall Of Colective Consciousness", a "Inception" e a "Join Me In Farewell") é apreciável, mas depois falta consistência, falta algo mais.
É uma falácia dizer que "Stratosfear" não consegue melhores resultados por não ser original ou por seguir por uma vertente que já está, infelizmente, em desuso. Os resultados não são melhores porque parece faltar aqui alguma maturidade nas músicas em questão e no trabalho como um todo. Ainda assim, temos um forte potencial a ser-se realizado nos próximos trabalhos que de certeza beneficiarão da maior experiência que a banda vai adquirir e que lhes permita deixar de parte músicas como "Plagues Of Nothing" (ou no mínimo repensá-las, já que a sua secção intermédia é realmente interessante).
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira