A máquina debulhadora belga está de volta. Foram apenas dois anos desde “The Necrotic Manifesto”, mas a sede por sangue é difícil de aplacar, a não ser que tenhamos, claro, outro álbum dos Aborted. “Retrogore” é o título provocativo do nono álbum da banda belga que conta já com uma respeitável carreira (não só em termos de quantidade mas principalmente em termos de qualidade) e não é aqui que a coisa descamba. O início é demolidor com uma sequência de temas (se ignorarmos a intro “Dellamorte Dellamore”) que nos deixa logo arrepiados, no bom sentido.
O tema título, “Cadaverous Collection” e “Whoremageddon” são um festim de riffs, ora mais brutos, ora mais técnicos e de solos fantásticos. Simplificando a coisa demasiado, é como se tivéssemos o “Heartwork” e o “Necroticism – Descanting The Insalubrious” no mesmo pacote, mas sem a suecadas de Michael Amott. Variado, cheio de dinâmica mas sem desprezar a potência – “Termination Redux” e a sua pianada que surge a meio é um bom exemplo oua forma como “Divine Impediment” nos aponta na direcção do black metal também.
Além da dinâmica, é a intensidade que nos prende. Não é fácil surpreender no death metal (hoje em dia, não é fácil surpreender no quer que seja) mas os Aborted apresentam-nos doze temas que se sustentam sozinhos e que juntos fazem de “Retrogore” um excelente álbum de death metal. Para os fãs, é precisamente aquilo que queriam e precisavam. Para os que não os conhecem provavelmente é o que precisam e não sabiam. Seja como for, é mais um álbum de qualidade acima da média mas que só o tempo dirá se é um dos seus melhores momentos. Por agora estamos muito satisfeitos, mas desconfiamos que se calhar não chega para dois anos.
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira
O tema título, “Cadaverous Collection” e “Whoremageddon” são um festim de riffs, ora mais brutos, ora mais técnicos e de solos fantásticos. Simplificando a coisa demasiado, é como se tivéssemos o “Heartwork” e o “Necroticism – Descanting The Insalubrious” no mesmo pacote, mas sem a suecadas de Michael Amott. Variado, cheio de dinâmica mas sem desprezar a potência – “Termination Redux” e a sua pianada que surge a meio é um bom exemplo oua forma como “Divine Impediment” nos aponta na direcção do black metal também.
Além da dinâmica, é a intensidade que nos prende. Não é fácil surpreender no death metal (hoje em dia, não é fácil surpreender no quer que seja) mas os Aborted apresentam-nos doze temas que se sustentam sozinhos e que juntos fazem de “Retrogore” um excelente álbum de death metal. Para os fãs, é precisamente aquilo que queriam e precisavam. Para os que não os conhecem provavelmente é o que precisam e não sabiam. Seja como for, é mais um álbum de qualidade acima da média mas que só o tempo dirá se é um dos seus melhores momentos. Por agora estamos muito satisfeitos, mas desconfiamos que se calhar não chega para dois anos.
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira