O rock está vivo e de excelente saúde. Se não seriam necessários os Mother Feather para isso, a sua presença é sem dúvida sintomática dessa boa forma. Este álbum auto-intitulado consegue transmitir-nos vários estados de espírito, o que só demonstra a versatilidade da banda, sem que para isso se tenha um álbum que se parece mais com uma manta de retalhos. Não, este álbum de estreia é um trabalho sólido e demonstrativo de todo o potencial da banda, que é mesmo muito.
Se em “Living, Breathing” temos uma espécie de new wave modernizado, em “Mirror” esse sentimento é ainda levado mais longe, juntando-lhe uma espécie de rock típico da década de oitenta, algo como se tivéssemos uns Blondie vitaminados. E por falar em vitaminas, é exactamente o que nos é servido com “Natural Disaster”, com um riff que é tão clássico que parece que é um hino que já existia por aí no ar à espera que alguém pegasse nele. Ainda existe espaço para o pop (e nunca nos soou tão bem o pop) de um tema como “Trampoline” que parece ele também transportado da década de oitenta.
De dinâmica em dinâmica, é assim que se faz um grande álbum que se torna deliciosamente (e surpreendentemente) viciante. Também surpreendente é o facto de nos ser servido pela Metal Blade Records. Talvez exista muito pouco – ou mesmo nada – de metal por aqui, mas desde quando é que a boa música se confina ao Metal. O Rock ainda está aí para as curvas, e que os digam temas como “747”, “They Tore Down The SK 8 Park” e “Egyptology”. Curto, focado e deslumbrante. Grande estreia.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Se em “Living, Breathing” temos uma espécie de new wave modernizado, em “Mirror” esse sentimento é ainda levado mais longe, juntando-lhe uma espécie de rock típico da década de oitenta, algo como se tivéssemos uns Blondie vitaminados. E por falar em vitaminas, é exactamente o que nos é servido com “Natural Disaster”, com um riff que é tão clássico que parece que é um hino que já existia por aí no ar à espera que alguém pegasse nele. Ainda existe espaço para o pop (e nunca nos soou tão bem o pop) de um tema como “Trampoline” que parece ele também transportado da década de oitenta.
De dinâmica em dinâmica, é assim que se faz um grande álbum que se torna deliciosamente (e surpreendentemente) viciante. Também surpreendente é o facto de nos ser servido pela Metal Blade Records. Talvez exista muito pouco – ou mesmo nada – de metal por aqui, mas desde quando é que a boa música se confina ao Metal. O Rock ainda está aí para as curvas, e que os digam temas como “747”, “They Tore Down The SK 8 Park” e “Egyptology”. Curto, focado e deslumbrante. Grande estreia.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira