Quatro anos é muito tempo para se estar sem um álbum dos In Mourning. "Monolith", o segundo álbum da banda, fez com que a mesma chamasse a atenção de todos os que tinham ouvidos para a música pesada, na sua mistura muito própria entre uma certa sensibilidade progressiva com o death/doom. Passados dois anos, tivemos um álbum de qualidade também ele ímpar, "The Weight Of The Oceans", mas depois disso gerou-se um silêncio que felizmente agora é finalmente quebrado com "Afterglow". E mesmo que não nos tenhamos apercebido, o raio dos suecos faziam-nos mesmo falta.
Talvez nem nos apercebamos com o monumento que é "Fire And Ocean", a faixa de abertura deste trabalho (porque o pior cego é aquele que não quer ouvir), mas perante um épico como "The Grinning Mist" não há volta a dar, tudo o que sai daqueles lados é puro auditivo. Não podemos dizer que exista uma grande diferença entre o que banda fez no passado e aquilo que apresenta aqui a não ser uma maturidade acrescida e uma efectividade ainda mais certeira. Num mundo onde os Opeth deixaram-se de guturais e de brutalidade, é bom termos algo onde se possa juntar a finesse de um metal mais melódico e progressivo com a brutalidade do death/doom, embora a banda já tinha a sua personalidade e identidade bem definida. Já o tinham antes e aqui apenas reforçam.
São sete temas de qualidade inegável e citar qualquer um deles em detrimento de outros, é de uma injustiça tremenda. Numa era em que a música é descartável, e temos a febre dos mp3 com os miúdos de hoje em dia a desconhecerem o que significa ouvir um álbum do início ao fim, é bom ter um álbum teimoso como este e que obriga o ouvinte a isso mesmo. A ouvi-lo do início ao fim. A colocar uma pausa no tempo e a desfrutar uma obra de arte, sonora neste caso. Bem vindos de volta, agora vão mas é lá para estúdio porque isto de esperar quatro anos por bombas destas não faz bem nenhum à saúde.
Nota: 9.3/10
Review por Fernando Ferreira
Talvez nem nos apercebamos com o monumento que é "Fire And Ocean", a faixa de abertura deste trabalho (porque o pior cego é aquele que não quer ouvir), mas perante um épico como "The Grinning Mist" não há volta a dar, tudo o que sai daqueles lados é puro auditivo. Não podemos dizer que exista uma grande diferença entre o que banda fez no passado e aquilo que apresenta aqui a não ser uma maturidade acrescida e uma efectividade ainda mais certeira. Num mundo onde os Opeth deixaram-se de guturais e de brutalidade, é bom termos algo onde se possa juntar a finesse de um metal mais melódico e progressivo com a brutalidade do death/doom, embora a banda já tinha a sua personalidade e identidade bem definida. Já o tinham antes e aqui apenas reforçam.
São sete temas de qualidade inegável e citar qualquer um deles em detrimento de outros, é de uma injustiça tremenda. Numa era em que a música é descartável, e temos a febre dos mp3 com os miúdos de hoje em dia a desconhecerem o que significa ouvir um álbum do início ao fim, é bom ter um álbum teimoso como este e que obriga o ouvinte a isso mesmo. A ouvi-lo do início ao fim. A colocar uma pausa no tempo e a desfrutar uma obra de arte, sonora neste caso. Bem vindos de volta, agora vão mas é lá para estúdio porque isto de esperar quatro anos por bombas destas não faz bem nenhum à saúde.
Nota: 9.3/10
Review por Fernando Ferreira