Os Distant Past já são velhos conhecidos nossos. Cerca de dois anos atrás, analisámos o quarto álbum da banda suiça, "Utopian Void" e dois anos depois ei-los de volta para o quinto trabalho. O referido anterior disco era uma boa colecção de temas de teor progressivo, dentro da mistura entre o heavy e o power metal, pelo que tínhamos um bom feeling para este trabalho, expectativa essa que não foi traída. E o que é que mudou desde aí para aqui? Bem, para já temos dois vocalistas em vez de apenas um. A Jvo Julmy junta-se agora Thomas Winkler e é esse duplo ataque vocal que comanda os destinos deste trabalho.
As duas vozes conjugam-se bastante e até que se complementam na maior parte das vezes, no entanto, ambas acabam por sofrer pela produção (pelo menos no que diz respeito às vocalizações) que parece-nos estar um pouco crua. Pode parecer um pouco contrasenso, já que nos queixamos tanto que vivemos numa era digital e de música de plástico, mas aqui parece-nos realmente que um pouco mais de trabalho de estúdio poderia favorecer este conjunto de músicas que se revela logo à partida como um passo seguro e claro na evolução da banda.
O que não faltam aqui são temas que nos ficam na cabeça (aquela "Scriptural Truth" parece que foi feita para ser tocada em cima de um palco, sem esquecer a trilogia incial com "Masters Of Duality", "Die As One" e "End Of The World") mesmo que para isso tenhamos que insistir um pouco, no entanto em temas como "The Road To Golgotha", tal não se prevê que vá acontecer - um dos temas mais frenéticos do trabalho e também uma prova maior da dinâmica que existe por aqui com fartura. Apesar da origem europeia, os Distant Past acabam por ir beber mais ao metal tipicamente norte-americano, mas isso é apenas um pormenor, um detalhe, da excelência que representa este trabalho.
Nota: 8.1/10
Review por Fernando Ferreira
As duas vozes conjugam-se bastante e até que se complementam na maior parte das vezes, no entanto, ambas acabam por sofrer pela produção (pelo menos no que diz respeito às vocalizações) que parece-nos estar um pouco crua. Pode parecer um pouco contrasenso, já que nos queixamos tanto que vivemos numa era digital e de música de plástico, mas aqui parece-nos realmente que um pouco mais de trabalho de estúdio poderia favorecer este conjunto de músicas que se revela logo à partida como um passo seguro e claro na evolução da banda.
O que não faltam aqui são temas que nos ficam na cabeça (aquela "Scriptural Truth" parece que foi feita para ser tocada em cima de um palco, sem esquecer a trilogia incial com "Masters Of Duality", "Die As One" e "End Of The World") mesmo que para isso tenhamos que insistir um pouco, no entanto em temas como "The Road To Golgotha", tal não se prevê que vá acontecer - um dos temas mais frenéticos do trabalho e também uma prova maior da dinâmica que existe por aqui com fartura. Apesar da origem europeia, os Distant Past acabam por ir beber mais ao metal tipicamente norte-americano, mas isso é apenas um pormenor, um detalhe, da excelência que representa este trabalho.
Nota: 8.1/10
Review por Fernando Ferreira