Ao segundo álbum os norte-americanos Abnormality estreiam-se na poderosa Metal Blade depois de uma estreia editada quatro anos atrás pela influente editora underground de death metal brutal, Sevared Records, o que significa que para muitos este poderá ser um nome novo – os quatro anos de ausência entre lançamentos também não ajudam a que seja de outra forma. O facto de terem feito esta transição não denota qualquer tipo de concessão por parte da banda que surge tão bruta como aquilo que apresentou e até um pouco mais refinada.
Longe vão os dias em que ter uma vocalista do sexo feminino numa banda de death metal era razão para espanto, mas mesmo assim a prestação de Mallika Sundaramurthy não deixa de impressionar. Dona de um gutural profundo mas bem dinâmico – uma espécie de cruzamento entre Chris Barnes e George “Corpsegrinder” Fisher, sem os ocasionais gritos do segundo – a voz comanda o instrumental que surge bem sólido e potente tendo até direito a um solo ou outro de vez em quando como na faixa-título.
O foco lírico da banda são na sua maioria questões sociais, relacionados com o mundo real, o que também acaba por ser refrescante em alternativa à questão habitual de tripas ao sol que é o tema por defeito neste tipo de som. Outras lufadas de ar fresco surgem na forma de “Catalyst Of Metamorphosis”, um tema instrumental de dois minutos bem viciante, e na forma da “Vigilante Ignorance”, um temazorro de death metal bruto ao qual é impossível ficar-se indiferente. A aposta da Metal Blade revela-se vencedora e esta será uma banda que tem muito por onde evoluir.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
Longe vão os dias em que ter uma vocalista do sexo feminino numa banda de death metal era razão para espanto, mas mesmo assim a prestação de Mallika Sundaramurthy não deixa de impressionar. Dona de um gutural profundo mas bem dinâmico – uma espécie de cruzamento entre Chris Barnes e George “Corpsegrinder” Fisher, sem os ocasionais gritos do segundo – a voz comanda o instrumental que surge bem sólido e potente tendo até direito a um solo ou outro de vez em quando como na faixa-título.
O foco lírico da banda são na sua maioria questões sociais, relacionados com o mundo real, o que também acaba por ser refrescante em alternativa à questão habitual de tripas ao sol que é o tema por defeito neste tipo de som. Outras lufadas de ar fresco surgem na forma de “Catalyst Of Metamorphosis”, um tema instrumental de dois minutos bem viciante, e na forma da “Vigilante Ignorance”, um temazorro de death metal bruto ao qual é impossível ficar-se indiferente. A aposta da Metal Blade revela-se vencedora e esta será uma banda que tem muito por onde evoluir.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira