Sludge. Um termo que ganhou alguma popularidade nos últimos tempos mas que, sinceramente, não vemos grandes vantagens do mesmo. Chamemos-lhe um doom enlameado e pronto, é a definição perfeita para sludge. Tirando isto do caminho temos aqui o quarto álbum dos Sourvein, após cinco anos de ausência. A banda norte-americana nunca foi muito profícua já que, por exemplo, do segundo para o terceiro álbum passaram nove anos, embora a nível underground se tenha mostrado muito activa. E tudo nos Sourvein transpira a underground, até mesmo quando estão numa editora como a Metal Blade.
Depois de uma breve e desnecessário “Tempest”, o álbum começa da melhor forma com uma digna homenagem aos Black Sabbath, na forma de “Avian Dawn”, um monólito doom que tem um sabor bem próprio da década de setenta. Mas logo de seguida temos algo mais próprio de uma sonoridade extrema com uma sufocante “Ocypuss”, estranha mas altamente eficaz. E é por entre estes dois registos que “Aquatic Occult” se desenrola, embora os níveis de eficácia não se mostrem tão altos como nas referidas faixas. “Aquanaut” e “Hymn To Poseidon” são dois bons exemplos – dois temas que tornam-se irritantes conforme as audições se vão repetindo.
No entanto, a força de “Aquatic Occult” está na sua variedade e na sua potência letárgica do que propriamente nas suas malhas memoráveis. E esse equilíbrio é atingido num álbum que oscila na sua qualidade, é certo, mas que consegue manter uma coerência em termos de ambiente que tornará o trabalho irresistível para todos os aficionados do doom/sludge. Para nós, e tendo presente todo o que foi atrás dito, trata-se de um trabalho que dificilmente nos lembraremos no futuro. Caso nos lembremos dele e caso peguemos nele eventualmente, talvez a nossa opinião mude. Por enquanto, não podemos dizer isso.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Depois de uma breve e desnecessário “Tempest”, o álbum começa da melhor forma com uma digna homenagem aos Black Sabbath, na forma de “Avian Dawn”, um monólito doom que tem um sabor bem próprio da década de setenta. Mas logo de seguida temos algo mais próprio de uma sonoridade extrema com uma sufocante “Ocypuss”, estranha mas altamente eficaz. E é por entre estes dois registos que “Aquatic Occult” se desenrola, embora os níveis de eficácia não se mostrem tão altos como nas referidas faixas. “Aquanaut” e “Hymn To Poseidon” são dois bons exemplos – dois temas que tornam-se irritantes conforme as audições se vão repetindo.
No entanto, a força de “Aquatic Occult” está na sua variedade e na sua potência letárgica do que propriamente nas suas malhas memoráveis. E esse equilíbrio é atingido num álbum que oscila na sua qualidade, é certo, mas que consegue manter uma coerência em termos de ambiente que tornará o trabalho irresistível para todos os aficionados do doom/sludge. Para nós, e tendo presente todo o que foi atrás dito, trata-se de um trabalho que dificilmente nos lembraremos no futuro. Caso nos lembremos dele e caso peguemos nele eventualmente, talvez a nossa opinião mude. Por enquanto, não podemos dizer isso.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
