A quantidade de álbuns de estreia que nos chegam ao cimo da mesa para ouvir é impressionante. E mais impressionante que a quantidade é mesmo a qualidade. Neste caso específico, temos black metal de Itália que nos é servido pelas mãos seguras da Avantgarde Music, mas não se trata de um black metal banal e corriqueiro. Logo pela amostra da intro “ Matavitatau”, temos logo a indicação de que o som é cheio de detalhes não muito comuns ao estilo. A vertente é mística e possui um ambiente invulgar.
Já aqui falámos muitas vezes que o black metal vive dos ambientes que cria e consegue imputar ao ouvinte e este é um dos casos em que isso acontece com um sucesso estrondoso. Poderá não agradar aos que são fãs de coisas mais trve, já que “Lupercalia” consegue abrir os horizontes normalmente fechados do género de maneira considerável, não deixando, no entanto, de parte a brutalidade inerente, mesmo que acompanhada quase sempre pela melodia.
O duo italiano reparte entre sim todos os instrumentos, inclusive a programação da bateria electrónica, que normalmente até é um ponto de discórdia (pelo menos para nós) aqui até surge bastante sóbria e cumprindo apenas os mínimos da sua função de marcar o ritmo sem ser um ponto muito fulcral na música como um todo. Ambientes épicos e místicos que convidam a uma viagem interior única. Tem o defeito de não conseguir apresentar numa faixa incontornável, mas como álbum é uma sólida estreia.
Nota: 7.7/10
Review por Fernando Ferreira
Já aqui falámos muitas vezes que o black metal vive dos ambientes que cria e consegue imputar ao ouvinte e este é um dos casos em que isso acontece com um sucesso estrondoso. Poderá não agradar aos que são fãs de coisas mais trve, já que “Lupercalia” consegue abrir os horizontes normalmente fechados do género de maneira considerável, não deixando, no entanto, de parte a brutalidade inerente, mesmo que acompanhada quase sempre pela melodia.
O duo italiano reparte entre sim todos os instrumentos, inclusive a programação da bateria electrónica, que normalmente até é um ponto de discórdia (pelo menos para nós) aqui até surge bastante sóbria e cumprindo apenas os mínimos da sua função de marcar o ritmo sem ser um ponto muito fulcral na música como um todo. Ambientes épicos e místicos que convidam a uma viagem interior única. Tem o defeito de não conseguir apresentar numa faixa incontornável, mas como álbum é uma sólida estreia.
Nota: 7.7/10
Review por Fernando Ferreira