Mais um ano, mais uma banda nova a surgir de doom/sludge a surgir pelas mãos da Relapse, mais um álbum de estreia de alta qualidade. Se calhar há aqui um padrão que nos deveria colocar em estado reflectivo sobre as razões que estão na sua base. Se fosse realmente importante. Os Graves At Sea não são novatos. Na realidade, esta banda já tem quase quinze anos e apesar de alguns splits, EP, single e uma demo, apenas agora chegam ao primeiro longa duração. As razões para esta demora são desconhecidas, mas ouvindo este “The Curse That Is” também perde a importância. Se a banda se esteve a guardar para este lançamento, para ter este resultado, tanto melhor.
“The Curse That Is” é um álbum para lá de denso, não só pela sua sonoridade, pela sua duração quer como álbum (mais de setenta e seis minutos) quer pelas músicas em si (metade ultrapassa os dez minutos e apenas uma tem menos de cinco minutos), pelo que será necessário gastar mais algum esforço e energia na sua apreciação. E não basta apenas uma audição, até porque há por aqui muitos detalhes que passariam despercebidos apenas com uma passagem.
O grande trunfo desta estreia nem é tanto o seu ambiente (denso como já vimos) mas principalmente a sua dinâmica. Se o sludge pode parecer por vezes algo limitado, não oferecendo grandes novidades, aqui temos um conjunto riquíssimo proporcionado pelas diferentes paisagens. Se pegarmos em “The Ashes Made Her Beautiful” temos um excelente exemplo, um tema deslumbrante que junta muito do tradição doom metal ao sludge. Um trabalho praticamente inesgotável que obriga a repetidas audições, sem quase se dar conta.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
“The Curse That Is” é um álbum para lá de denso, não só pela sua sonoridade, pela sua duração quer como álbum (mais de setenta e seis minutos) quer pelas músicas em si (metade ultrapassa os dez minutos e apenas uma tem menos de cinco minutos), pelo que será necessário gastar mais algum esforço e energia na sua apreciação. E não basta apenas uma audição, até porque há por aqui muitos detalhes que passariam despercebidos apenas com uma passagem.
O grande trunfo desta estreia nem é tanto o seu ambiente (denso como já vimos) mas principalmente a sua dinâmica. Se o sludge pode parecer por vezes algo limitado, não oferecendo grandes novidades, aqui temos um conjunto riquíssimo proporcionado pelas diferentes paisagens. Se pegarmos em “The Ashes Made Her Beautiful” temos um excelente exemplo, um tema deslumbrante que junta muito do tradição doom metal ao sludge. Um trabalho praticamente inesgotável que obriga a repetidas audições, sem quase se dar conta.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
