Segundo álbum da banda norte-americana de doom (daquele a roçar o funeral, mas que não chega bem ao ponto de se poder considerar como tal) que se apresentam de forma corajosa com apenas quatro temas que, em conjunto, ultrapassam a hora de duração. “Sol Invictus” é o primeiro épico, de quase vinte minutos que nos embala em desespero melancólico numa viagem que apesar de não ser fácil – admitamos, isto da melancolia é tudo muito belo e poético mas ninguém consegue andar sempre depressivo e se fomentam esse tipo de sentimento, o mais certo é, mais cedo ou mais tarde, cortarem os pulsos.
No entanto, há toda uma beleza e peso – isto para quem anda no mundo do metal compreende certamente o que se quer dizer – que não se consegue voltar as costas. O tema em questão tem quase vinte minutos. Se o mesmo não tivesse dinâmica nem variações, nem peso, nem melodias cativantes fortes, dificilmente gostaríamos ou deixaríamos que nos transportasse numa viagem que teria todo o potencial à partida para nos colocar num coma profundo, mas a verdade é que esta música, assim como todo o álbum na generalidade, pulsa de vida e de dinâmica. A própria forma como a música acaba, é um excelente exemplo disso mesmo.
A excelência detectada na “Sol Invictus” estende-se a todas as outras três músicas (épicas) e também é a prova que mesmo entre as mesmas existe também dinâmica. Se pegarmos num tema como “The Storm”, o mesmo conserva a toada melancólica que concluímos fazer parte do ADN da banda mas ainda lhe junta uma dose de esperança e de um espírito positivo que acaba por soar surpreendentemente bem. Não quer isso dizer que depois em “The Road To Awe” não volte o sentimento de opressão e de peso sorumbático. Curiosamente, o épico final, também ele com quase vinte minutos, junta os dois sentimentos, sendo a forma ideal de encerrar este trabalho.
Um trabalho denso e intenso, que fará crescer muita água nos ouvidos (e esta imagem é estranha) para todos os doomsters que por aí andem. Deathkings poderá andar pelas divisões distritais do género, mas tem tudo para saltar posições e chegar em breve à primeira liga do doom metal.
Nota: 9.1/10
Review por Fernando Ferreira
No entanto, há toda uma beleza e peso – isto para quem anda no mundo do metal compreende certamente o que se quer dizer – que não se consegue voltar as costas. O tema em questão tem quase vinte minutos. Se o mesmo não tivesse dinâmica nem variações, nem peso, nem melodias cativantes fortes, dificilmente gostaríamos ou deixaríamos que nos transportasse numa viagem que teria todo o potencial à partida para nos colocar num coma profundo, mas a verdade é que esta música, assim como todo o álbum na generalidade, pulsa de vida e de dinâmica. A própria forma como a música acaba, é um excelente exemplo disso mesmo.
A excelência detectada na “Sol Invictus” estende-se a todas as outras três músicas (épicas) e também é a prova que mesmo entre as mesmas existe também dinâmica. Se pegarmos num tema como “The Storm”, o mesmo conserva a toada melancólica que concluímos fazer parte do ADN da banda mas ainda lhe junta uma dose de esperança e de um espírito positivo que acaba por soar surpreendentemente bem. Não quer isso dizer que depois em “The Road To Awe” não volte o sentimento de opressão e de peso sorumbático. Curiosamente, o épico final, também ele com quase vinte minutos, junta os dois sentimentos, sendo a forma ideal de encerrar este trabalho.
Um trabalho denso e intenso, que fará crescer muita água nos ouvidos (e esta imagem é estranha) para todos os doomsters que por aí andem. Deathkings poderá andar pelas divisões distritais do género, mas tem tudo para saltar posições e chegar em breve à primeira liga do doom metal.
Nota: 9.1/10
Review por Fernando Ferreira