Artillery, um dos nomes grandes do thrash metal europeu está de volta. É certo que o seu estatuto de banda de culto deve-se principalmente aos seus dois primeiros álbuns, “Fear Of Tomorrow” e “Terror Squad” (este último com uma capa simplesmente horrível), no entanto, a banda tem lançado nos últimos anos, desde que voltaram dos mortos pela segunda vez em 2007, uma série de álbuns de qualidade superior, mesmo que já não contassem com os préstimos de Flemming Rönsdorf na voz, com o seu timbre inconfundível de ovelha a ser sodomizada por um mamute.
A voz de Michael Bastholm Dahl é bem mais melódica que a de Flemming, tornando os temas um pouco mais acessíveis. O seu timbre meio power metal, meio heavy metal clássico pode alienar alguns dos fãs mais antigos mas se não fez diferença no último álbum “Legions”, agora também não fará. Para nós pelo menos não faz nenhuma e instrumentalmente a coisa continua com um nível assombroso. Desde o início queenesco de “Live By The Scythe” até ao thrash impiedoso de “Penalty Perception” ou principalmente de “Cosmic Brain”, este trabalho é demolidor do início ao fim.
A forma como a banda dinamarquesa junta a agressividade e a melodia é sublime e eleva o conceito a um novo patamar. Poderá ser o ponto de ligação entre os que gostam de coisas mais extremas (e esses possivelmente não apreciarão a voz) e aqueles que gostam de coisas mais melódicas mas o thrash não é o género de eleição. Para quem já acompanhava a banda, tem aqui um oitavo álbum à altura daquilo que significa o nome Artillery. 2016 começa de forma bem interessante!
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
A voz de Michael Bastholm Dahl é bem mais melódica que a de Flemming, tornando os temas um pouco mais acessíveis. O seu timbre meio power metal, meio heavy metal clássico pode alienar alguns dos fãs mais antigos mas se não fez diferença no último álbum “Legions”, agora também não fará. Para nós pelo menos não faz nenhuma e instrumentalmente a coisa continua com um nível assombroso. Desde o início queenesco de “Live By The Scythe” até ao thrash impiedoso de “Penalty Perception” ou principalmente de “Cosmic Brain”, este trabalho é demolidor do início ao fim.
A forma como a banda dinamarquesa junta a agressividade e a melodia é sublime e eleva o conceito a um novo patamar. Poderá ser o ponto de ligação entre os que gostam de coisas mais extremas (e esses possivelmente não apreciarão a voz) e aqueles que gostam de coisas mais melódicas mas o thrash não é o género de eleição. Para quem já acompanhava a banda, tem aqui um oitavo álbum à altura daquilo que significa o nome Artillery. 2016 começa de forma bem interessante!
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira