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Anger As Art - "Ad Mortem Festinamus" Review


Quem diria que existe nos E.U.A. uma banda de thrash metal desde 2004 que não tem nenhumas influências da moda (nem quando lançaram o primeiro álbum dez anos atrás, nem quando lançam agora o seu quinto álbum) e da qual nunca se ouviu falar assim muito? Mas é a realidade, os Anger As Art têm um nome para lá de parvo, mas o seu thrash metal é duma potência bem séria. Para se ter uma ideia da coisa, vamos pegar numa espécie de cruzamento entre os Destruction e os Hatriot, com um vocalista que parece, ele próprio, um cruzamento entre Bobby “Blitz” dos Overkill, com um Schmier dos já mencionados Destruction.

As comparações valem o que valem e não há nada como realmente mergulhar neste “Ad Mortem Festinamus”, que começa precisamente com o tema-título, uma intro que inicialmente nos leva a crer que estamos perante uma banda de black metal, mas depressa logo as coisas começam a formar-se para um thrash metal intenso, impiedoso e acima de tudo, divertido – como diriam os Exodus, “a good and violent fun”. Com dinâmicas muito boas, que tornam este álbum interessante do início ao fim, estão reunidas as condições para se ter um grande álbum de thrash metal, mesmo que não tenhamos nenhuma música que se revele como clássico instantâneo.

Ainda assim, temos muitas malhas de qualidade e mesmo naquelas que até parece não ser grande espingarda, acabamos por ter sempre algo que nos prende atenção (no caso da esquisita “Hammer Blade And Twisting Fire”, temos um viciante solo de guitarra que compensa tudo o resto). Todavia o saldo é sempre positivo, principalmente com malhões como a “Tombward”,  “We Hurry Into Death” e a melódica “Dim Carcosa” (ainda se pensou que fosse uma cover dos Ancient Rites) apenas para salientar alguns exemplos mais óbvios. Uma excelente surpresa para todos os fãs de thrash metal poderoso.


Nota: 8/10


Review por Fernando Ferreira