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The Unguided - "Lust And Loathing" Review


Não é novo por nós termos uma banda que é rotulada como death metal melódico quando aquilo que temos é bem mais próximo do metalcore. Esta não é uma questão nova, na realidade é bem recorrente, mas não é por implicância. Temos aqui este trabalho dos The Unguided que se encaixa dentro daquilo que começámos amar odiar acerca do estilo. As regras do death metal melódico é basicamente pegar na fórmula das harmonias de guitarras dos Iron Maiden e aplica-las ao death metal sueco (ou outro qualquer tipo de death metal) et voilá. No entanto, aquilo que “Lust And Loathing nos traz é algo que junta a força do hardcore, os pormenores electrónicos e as melodias fáceis do rock comercial (ou nu-metal) et voilá.

Coisas bastante distintas. Não estamos aqui para julgar, mesmo que se pense que, por o que foi dito atrás nesta crítica ou em outras, tenhamos a tendência para pender para o death metal melódico em termos de preferência. É apenas uma questão de validade, originalidade e a capacidade de se reinventar a si próprio. Enquanto o death metal melódico tem a capacidade de se reinventar sem sequer mudar muito o que está na sua base, já o metalcore por vezes encerra-se em becos sem saída, apresentando-nos aquilo que já nos apresentaram vezes em conta anteriormente. É nesse ponto que The Unguided nos surge. Logo ao primeiro tema, “Enraged”.

Todas as músicas parecem a mesma e se individualmente não temos nada a apontar no que diz respeito a produção, instrumental, voz, é na parte da composição que reside a principal desilusão. Todos os temas soam ao mesmo, a imitações daquilo que os Dark Tranquility fizeram na sua fase mais electrónica, misturado com o que os Linkin Park fizeram nos primeiros álbuns. Não é uma grande fórmula, embora produza os seus resultados – as músicas têm todas uma capacidade melódica bem acima da média – no entanto, o problema é que soa tudo ao mesmo, exceptuando temas como “Phobos Grip”, que é sem dúvida o mais metal e empolgante. É um álbum mediano, num estilo já esgotado e que não apresenta nada de novo, o que também joga a favor da previsibilidade.


Nota: 4.5/10

Review por Fernando Ferreira