Este é o primeiro álbum dos Momentum, originalmente lançado em 2010 e que causou algum burburinho na cena na altura. A banda islandesa demonstrou desde ter apetência para não parar muito tempo no mesmo sítio. Se nos inícios da sua carreira era puramente death metal, quando chegou a este trabalho, já demonstravam uma enorme apetência para as sonoridades progressivas. No entanto, chamar de "Fixation, At Rest" poderá ser bastante enganador, já que apesar desse ser um dos seus elementos base, existem igualmente outros que podem fazer toda a diferença na hora de gostar ou não.
2010 era o ano em que tudo o que era pós-qualquer coisa estava no auge, embora a designação ainda não fosse propriamente popular - tirando o pós-rock, claro. E então, este trabalho, colocado nessa perspectiva, faz todo o sentido, mas mesmo assim não será de encaixe fácil. Não é um trabalho fácil de ouvir mas mais que isso, não é um trabalho fácil de interiorizar, sendo necessárias muitas audições até que se comece a chegar lá. As músicas sucedem-se como se fossem todas uma, mesmo quando têm intervalos de silêncio entre si. É toda uma atmosfera que insiste em persistir.
O que é bom por um lado e mau por outro. Por um lado faz com que o impacto e o sufoco seja muito maior. Por outro, para aqueles que não chegaram lá (ou que nem sequer têm paciência para tentar), pode soar tudo ao mesmo e o desinteresse seja maior. Apesar de tudo isto, não é difícil perceber o interesse da Dark Descend Records em querer lembrar este trabalho a uma potencial audiência mais alargada, porque a qualidade é realmente elevada. Um tema como "Red Silence" é de uma beleza esmagadora que contrasta bem com o peso absoluta de faixas como "The Conduits Lead" ou "Metamorphose". Uma boa oportunidade para ficar a conhecer (mais) uma boa banda islandesa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
2010 era o ano em que tudo o que era pós-qualquer coisa estava no auge, embora a designação ainda não fosse propriamente popular - tirando o pós-rock, claro. E então, este trabalho, colocado nessa perspectiva, faz todo o sentido, mas mesmo assim não será de encaixe fácil. Não é um trabalho fácil de ouvir mas mais que isso, não é um trabalho fácil de interiorizar, sendo necessárias muitas audições até que se comece a chegar lá. As músicas sucedem-se como se fossem todas uma, mesmo quando têm intervalos de silêncio entre si. É toda uma atmosfera que insiste em persistir.
O que é bom por um lado e mau por outro. Por um lado faz com que o impacto e o sufoco seja muito maior. Por outro, para aqueles que não chegaram lá (ou que nem sequer têm paciência para tentar), pode soar tudo ao mesmo e o desinteresse seja maior. Apesar de tudo isto, não é difícil perceber o interesse da Dark Descend Records em querer lembrar este trabalho a uma potencial audiência mais alargada, porque a qualidade é realmente elevada. Um tema como "Red Silence" é de uma beleza esmagadora que contrasta bem com o peso absoluta de faixas como "The Conduits Lead" ou "Metamorphose". Uma boa oportunidade para ficar a conhecer (mais) uma boa banda islandesa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira