O projecto esloveno Beaneath The Storm chega ao terceiro álbum quase sem que se desse pela sua existência. Com uma regularidade formidável (um álbum por ano, sendo que este “Devil’s Village” foi lançado no ano passado) esta one-man-band tem como mastermind o multi-instrumentista Shimon, responsável por todos os instrumentos e pela programação da bateria electrónica, pelo menos é o que nos soa pelo som da mesma. Com os pés bem assentes no oculto, o estilo escolhido é o funeral doom e paquidérmico, embora a grande influência que nos parece sobressair é completamente inesperada:
Mortician.
Exacto, a banda norte-americana de grindgore. É como se pegássemos nos Mortician e reduzíssemos as bmp para metade ou até menos que isso. A adoração aos filmes de terror continua bem presente, embora por aqui o foco seja não tanto os filmes de gore, mas aqueles clássicos da Hammer, pelo menos é esse o ambiente criado, já que se trata de um álbum conceptual baseado no filme “The City Of The Dead”. Temos a bateria programada (ou pelo menos assim aparenta), temos a distorção de guitarra bem densa e temos todo um ambiente que se assemelha ao trabalho dos Mortician. No entanto, para os fãs da banda norte-americana, não poderá ser automática a conversão ao trabalho deste projecto.
O funeral doom anda sempre no limite, no extremo. Ou é muito bom, ou é muito mau, ou impressiona ou é aborrecido e aqui parece que é atingido o equilíbrio o que também não é especialmente positivo. “Devil’s Village”, infelizmente, não aquece nem arrefece, embora na segunda metade do trabalho, um certo marasmo se comece a instalar. Se no início ainda existe alguma dinâmica, para o final do trabalho parece que estão reunidas as condições para se acabar com as insónias. Acaba por desiludir.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
Mortician.
Exacto, a banda norte-americana de grindgore. É como se pegássemos nos Mortician e reduzíssemos as bmp para metade ou até menos que isso. A adoração aos filmes de terror continua bem presente, embora por aqui o foco seja não tanto os filmes de gore, mas aqueles clássicos da Hammer, pelo menos é esse o ambiente criado, já que se trata de um álbum conceptual baseado no filme “The City Of The Dead”. Temos a bateria programada (ou pelo menos assim aparenta), temos a distorção de guitarra bem densa e temos todo um ambiente que se assemelha ao trabalho dos Mortician. No entanto, para os fãs da banda norte-americana, não poderá ser automática a conversão ao trabalho deste projecto.
O funeral doom anda sempre no limite, no extremo. Ou é muito bom, ou é muito mau, ou impressiona ou é aborrecido e aqui parece que é atingido o equilíbrio o que também não é especialmente positivo. “Devil’s Village”, infelizmente, não aquece nem arrefece, embora na segunda metade do trabalho, um certo marasmo se comece a instalar. Se no início ainda existe alguma dinâmica, para o final do trabalho parece que estão reunidas as condições para se acabar com as insónias. Acaba por desiludir.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
