Segundo álbum da banda francesa de doom metal atmosférico, Ixion. Quando se pensa em doom metal atmosférico tem-se tendência a pensar em algo new age, com um som bastante etéreo. Não é o que temos aqui, mas sem dúvida que a música que abre o álbum, "Ghost In The Shell", evidencia logo uma ambiência que faz com que qualquer um que goste de viajar fique imediatamente fascinado. Um primeiro grande tema que deixa logo desarmados os mais pessimistas aqueles que pensam que vão apanhar uma seca de todo o tamanho. Pelo contrário, muito pelo contrário. O que temos aqui é uma grande viagem, de qualidade indiscutível.
A voz é gutural e profunda - se estamos a falar daquele doom que tem por base os Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride, a voz soa mesmo bem é gutural profunda - embora existam algumas passagens onde as vozes limpas surgem e dá um colorido interessante (e por vezes inesperado como a "Allegiance" que vai buscar ao mundo gótico os seus melhores elementos). Esta variedade tem como base três vozes diferentes, cada uma delas por cada elemento da banda: Julien Prat, responsável por todos os instrumentos e voz; Thomas Saundray, teclados e voz e Yannick Dilly, exclusivamente nas vozes limpas.
O uso de sintetizadores faz com que por vezes o som seja bastante clássico, uma espécie de Emerson, Lake & Palmer mais contidos, mas é também o elemento que permite trazer mais variedade às músicas, que tendo um andamento mais compassado, tinham tudo para se tornar aborrecidas. O que quer dizr que "Enfant De La Nuit" pode ser ouvido mesmo por aquelas pessoas que não apreciam doom, isto se gostarem de pistas e pistas de teclados. Intenso, viajante e inesperadamente viciante. Muitas razões para pegar neste trabalho durante os próximos meses.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
A voz é gutural e profunda - se estamos a falar daquele doom que tem por base os Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride, a voz soa mesmo bem é gutural profunda - embora existam algumas passagens onde as vozes limpas surgem e dá um colorido interessante (e por vezes inesperado como a "Allegiance" que vai buscar ao mundo gótico os seus melhores elementos). Esta variedade tem como base três vozes diferentes, cada uma delas por cada elemento da banda: Julien Prat, responsável por todos os instrumentos e voz; Thomas Saundray, teclados e voz e Yannick Dilly, exclusivamente nas vozes limpas.
O uso de sintetizadores faz com que por vezes o som seja bastante clássico, uma espécie de Emerson, Lake & Palmer mais contidos, mas é também o elemento que permite trazer mais variedade às músicas, que tendo um andamento mais compassado, tinham tudo para se tornar aborrecidas. O que quer dizr que "Enfant De La Nuit" pode ser ouvido mesmo por aquelas pessoas que não apreciam doom, isto se gostarem de pistas e pistas de teclados. Intenso, viajante e inesperadamente viciante. Muitas razões para pegar neste trabalho durante os próximos meses.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira