Já aqui falámos dos malefícios de cantar na língua natal para quem está tão habituado a ouvir cantar em inglês. Também já falámos de como soa estranho ouvir coisas em português que não resultam tão bem (isto é, se não quisermos que seja uma paródia) como resultam em inglês. E também já falámos que em castelhano a coisa soa igualmente estranha e em muitas vezes divertida. Ao pegarmos neste "Terra Ancestral" e ao vermos que o primeiro título é "Cabo De Hornos", sentimos mais uma vez tudo o que dissemos atrás. No entanto e por muito que o título soe estranho e possas suscitar piadas, o que é certo é que a música em si, é tudo menos uma piada.
Os Crisalida são oriundos de Santiago do Chile e apresentam-nos um metal progressivo ora arraçado de doom ora arraçado de heavy metal de uma qualidade assombrosa. O dito primeiro tema, por exemplo, arrepia de tão perfeito que é. É verdade que as letras cantadas em castelhano soam estranhas, mas também a voz de Cinthia Santibáñez é tão perfeita, que nem queremos saber o que raio ela está para ali a cantar, apenas as melodias nos interessam. Brincadeiras aparte, este é o quarto álbum da banda que se apresenta com uma classe arrepiante e tem como conceito uma viagem ao seio da Mãe Terra.
Cada um destes temas soa-nos precioso e clássico ao mesmo tempo. "Morír Aqui", "Bosque Triste e "Lágrimas Negras" são bons exemplos de como a melodia anda sempre mãos dadas com o peso e como o peso nunca deixa de parte a melancolia e bom gosto na composição. Com uma produção extremamente poderosa e límpida - cortesia do mestre Daniel Cardoso nos Ultrasound Studios onde também foi misturado e masterizado - as músicas têm uma pujança emocional que faz com que este trabalho consiga agradar mesmo aqueles que não gostam tanto de sonoridades progressivas. Só é preciso de ter coração para gostar de "Terra Ancestral", não é preciso mais nada.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Os Crisalida são oriundos de Santiago do Chile e apresentam-nos um metal progressivo ora arraçado de doom ora arraçado de heavy metal de uma qualidade assombrosa. O dito primeiro tema, por exemplo, arrepia de tão perfeito que é. É verdade que as letras cantadas em castelhano soam estranhas, mas também a voz de Cinthia Santibáñez é tão perfeita, que nem queremos saber o que raio ela está para ali a cantar, apenas as melodias nos interessam. Brincadeiras aparte, este é o quarto álbum da banda que se apresenta com uma classe arrepiante e tem como conceito uma viagem ao seio da Mãe Terra.
Cada um destes temas soa-nos precioso e clássico ao mesmo tempo. "Morír Aqui", "Bosque Triste e "Lágrimas Negras" são bons exemplos de como a melodia anda sempre mãos dadas com o peso e como o peso nunca deixa de parte a melancolia e bom gosto na composição. Com uma produção extremamente poderosa e límpida - cortesia do mestre Daniel Cardoso nos Ultrasound Studios onde também foi misturado e masterizado - as músicas têm uma pujança emocional que faz com que este trabalho consiga agradar mesmo aqueles que não gostam tanto de sonoridades progressivas. Só é preciso de ter coração para gostar de "Terra Ancestral", não é preciso mais nada.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira