Estes alemães são loucos. Não bastasse a esquisitice da espécie de intro em “Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen”, como a faixa seguinte, a primeira a sério deste trabalho, “Queen Of The Night”, surge com requintes de neoclássico mas a soar um pouco a paródia. É de tal forma que fica um pouco difícil de levar este trabalho a sério, embora, verdade seja dita em abono da banda, até é uma boa faixa de heavy metal. O que nos chega de seguida, não tem mesmo nada a ver. “Killer” tem um groove bem hard rock e até ligeiramente funk, como se fosse uma versão rock do Prince, que é bastante (surpreendentemente) agradável, no entanto, começa-se a instalar um sentimento de confusão. Estaremos a ouvir uma compilação de várias bandas ou será um surto de multi-personalidade?
Este é o quinto álbum, de uma carreira algo irregular que já dura desde 1989, quando a mudança de nome dos Trance para Trancemission teve lugar. Com algum receio, chegámos à faixa seguinte e “Make My Day” consegue mais uma vez fazer uma inversão de estilo e vai pela onda do rock/pop típico da década de oitenta, com uns coros épicos meio Bathory meio Accept pelo meio. E começa a ficar algo cansativo tentar antecipar aquilo que podemos esperar de “Paranoia”, assim como tentar defini-lo. O feeling que o percorre do início ao fim é mesmo de hard rock, mais desvio menos desvio.
Poderia ser pior e os fãs do género de certeza que encontrarão aqui vários motivos para sentir afinidades. O problema é que é um trabalho inconstante e algo estranho, sem propriamente um fio condutor do mesmo. A ideia que ficou com a atrás referida “Queen Of The Night” acaba por nunca desaparecer e condicionar o trabalho todo. É difícil levar este álbum a sério quando se tem músicas “Hey There Gipsies” (rock/pop) ao lado de uma “Lonewolf” (que mistura no mesmo tacho pop/country), “Jesus Christ” (rock cristão) e “The Soil Of A Man’s Heart” (parece uma versão de uma música esquecida do Meat Loaf, misturada com uma música lamechas que caiu dentro de uma tina de azeite). Há muito por onde pegar em “Paranoia” para fazer comparações estapafúrdias. Infelizmente para ouvir boa música, temos pouco.
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
Este é o quinto álbum, de uma carreira algo irregular que já dura desde 1989, quando a mudança de nome dos Trance para Trancemission teve lugar. Com algum receio, chegámos à faixa seguinte e “Make My Day” consegue mais uma vez fazer uma inversão de estilo e vai pela onda do rock/pop típico da década de oitenta, com uns coros épicos meio Bathory meio Accept pelo meio. E começa a ficar algo cansativo tentar antecipar aquilo que podemos esperar de “Paranoia”, assim como tentar defini-lo. O feeling que o percorre do início ao fim é mesmo de hard rock, mais desvio menos desvio.
Poderia ser pior e os fãs do género de certeza que encontrarão aqui vários motivos para sentir afinidades. O problema é que é um trabalho inconstante e algo estranho, sem propriamente um fio condutor do mesmo. A ideia que ficou com a atrás referida “Queen Of The Night” acaba por nunca desaparecer e condicionar o trabalho todo. É difícil levar este álbum a sério quando se tem músicas “Hey There Gipsies” (rock/pop) ao lado de uma “Lonewolf” (que mistura no mesmo tacho pop/country), “Jesus Christ” (rock cristão) e “The Soil Of A Man’s Heart” (parece uma versão de uma música esquecida do Meat Loaf, misturada com uma música lamechas que caiu dentro de uma tina de azeite). Há muito por onde pegar em “Paranoia” para fazer comparações estapafúrdias. Infelizmente para ouvir boa música, temos pouco.
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira