Parece ser um lugar comum começar uma crítica com este tipo de afirmação, mas aqui não se consegue mesmo evitar: Os The Moth Gatherer são um bicho difícil de classificar. Para já o nome. O Congregador de Traças. É por estas e por outras que a linguagem universal do metal é o inglês e não o português. Não seria MESMO a mesma coisa. Pormenores aparte, e voltando ao início, é difícil classificar esta banda. É tão difícil fazê-lo como é certinho que ao se apreciar este álbum se experiencie diversos estados de espírito.
Se “Pale Explosions” e “Attacus Atlas” são dignos dos melhores momentos post-metal de bandas como Cult Of Luna e The Ocean apenas para citar dois pesos pesados da coisa. Com um crescendo de poder aliados a uma sensibilidade melódica e épica, são autênticas obras de arte dignas para acompanhar imagens de um qualquer filme cujo final seja intenso emocionalmente. Outro factor, esse mais comum a todo álbum, é o facto de todas as músicas possuírem um fulgor instrumental que fazem com que nos esqueçamos que têm linhas de voz de vez em quando. Na “Probing The Descent Of Man”, dominada por sintetizadores e instrumental, um pouco menos que a “Dyatlov Pass” devido à distorção de guitarra, isso ainda é mais palpável, essa atmosfera cinematográfica que é absolutamente viciante.
Estas duas músicas também acentuam o factor viagem que todo o álbum tem, mesmo numa intensa “The Black Antlers”, que começa de forma explosiva e depois vai combinando uma série de atmosferas díspares mas que todas funcionam no mesmo sentido. O conceito de dinâmica é levado a um novo extremo, apresentando díspares formas de atingir o ouvinte, todas fazendo sentido entre si e no decorrer do álbum. É também a prova de que é preciso fazer algo fora da caixa, ou experimental – não querendo abusar do termo – e mesmo assim conseguir com que seja catchy e viciante. Impossível de ficar indiferente, “The Earth Is The Sky” é recomendado a todos aqueles que vêem, ouvem e sentem a música de uma forma intensa.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Se “Pale Explosions” e “Attacus Atlas” são dignos dos melhores momentos post-metal de bandas como Cult Of Luna e The Ocean apenas para citar dois pesos pesados da coisa. Com um crescendo de poder aliados a uma sensibilidade melódica e épica, são autênticas obras de arte dignas para acompanhar imagens de um qualquer filme cujo final seja intenso emocionalmente. Outro factor, esse mais comum a todo álbum, é o facto de todas as músicas possuírem um fulgor instrumental que fazem com que nos esqueçamos que têm linhas de voz de vez em quando. Na “Probing The Descent Of Man”, dominada por sintetizadores e instrumental, um pouco menos que a “Dyatlov Pass” devido à distorção de guitarra, isso ainda é mais palpável, essa atmosfera cinematográfica que é absolutamente viciante.
Estas duas músicas também acentuam o factor viagem que todo o álbum tem, mesmo numa intensa “The Black Antlers”, que começa de forma explosiva e depois vai combinando uma série de atmosferas díspares mas que todas funcionam no mesmo sentido. O conceito de dinâmica é levado a um novo extremo, apresentando díspares formas de atingir o ouvinte, todas fazendo sentido entre si e no decorrer do álbum. É também a prova de que é preciso fazer algo fora da caixa, ou experimental – não querendo abusar do termo – e mesmo assim conseguir com que seja catchy e viciante. Impossível de ficar indiferente, “The Earth Is The Sky” é recomendado a todos aqueles que vêem, ouvem e sentem a música de uma forma intensa.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira