Ora aqui está o tipo de trabalho que tem tudo para levar uma sova de quem gosta de heavy metal. Desde o nome da banda – tipicamente incompreensível para designar um colectivo – passando pelo título do trabalho e finalizando, obviamente no som em si, há por aqui todo um vasto potencial para a desgraça. “Carousel” é o álbum de estreia dos Speaking The King’s e apresenta-nos um metalcore que em nada se distancia dos parâmetros já esgotados do estilo. Uns fogem dele a sete pés, outros abrem os braços completamente. As questões de gosto não se discutem e a música deverá falar sempre mais alto que tudo o resto. Neste caso, infelizmente, a música não chega para calar qualquer voz crítica, senão vejamos.
Para cada ponto positivo temos um negativo. Se por um lado temos uma produção híper-forte, por outro lado, não deixa de ser mais um álbum a soar a plástico acabado de sair de uma linha de montagem da música da moda, fútil e descartável. Se temos melodias pegajosas, refrões contagiantes e alguns riffs engraçados, por outro faltam músicas que soem a músicas, a verdadeiras músicas e não a conjunto de itens essenciais para se passar na rádio. Tirando estes pequenos grandes detalhes, não há muitos defeitos que se possam apontar a esta estreia de um ponto de vista mainstream. Tudo aqui está feito de forma a conseguir bons resultados nas tabelas de vendas.
Soa bem, é moderno, boas melodias, irreverente (pelo menos de uma forma standardizada) e tem tudo aquilo que é exigido a uma banda que queira ter sucesso. Só há um pequeno detalhe. Essas exigências não quer dizer que se traduzam propriamente em sucesso imediato e muito menos em garantia de qualidade. Há um departamento onde a coisa descamba completamente. Falta-lhe alma, falta-lhe raça, falta-lhe vida, algo para além do convencional e do esperado. Estreiam-se como meninos bem comportados e trazem ao mundo algo que este se vai esquecer daqui a não muito tempo. Para isso não era preciso que viessem.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira
Para cada ponto positivo temos um negativo. Se por um lado temos uma produção híper-forte, por outro lado, não deixa de ser mais um álbum a soar a plástico acabado de sair de uma linha de montagem da música da moda, fútil e descartável. Se temos melodias pegajosas, refrões contagiantes e alguns riffs engraçados, por outro faltam músicas que soem a músicas, a verdadeiras músicas e não a conjunto de itens essenciais para se passar na rádio. Tirando estes pequenos grandes detalhes, não há muitos defeitos que se possam apontar a esta estreia de um ponto de vista mainstream. Tudo aqui está feito de forma a conseguir bons resultados nas tabelas de vendas.
Soa bem, é moderno, boas melodias, irreverente (pelo menos de uma forma standardizada) e tem tudo aquilo que é exigido a uma banda que queira ter sucesso. Só há um pequeno detalhe. Essas exigências não quer dizer que se traduzam propriamente em sucesso imediato e muito menos em garantia de qualidade. Há um departamento onde a coisa descamba completamente. Falta-lhe alma, falta-lhe raça, falta-lhe vida, algo para além do convencional e do esperado. Estreiam-se como meninos bem comportados e trazem ao mundo algo que este se vai esquecer daqui a não muito tempo. Para isso não era preciso que viessem.
Nota: 5/10
Review por Fernando Ferreira