Anda para aí uma praga de bandas com nomes estranhos mas que até ficam catitas no logo que é obra. Os M.H.X’s Chronicles são apenas mais um exemplo. A jovem banda brasileira chega ao primeiro álbum após dois anos do lançamento do EP "The Preface" e surpreende pela qualidade do seu death metal melódico. E pronto, está o caldo entornado, pensa o amigo ouvinte: "Banda nova, primeiro álbum, death metal melódico... é o mesmo que dizer que se trata de metalcore manhoso". Felizmente tal conclusão preconceituosa e, sobretudo, precipitada não se verifica. Após uma demasiado longa intro - "Overture Of The Seas" - "Conquest Of The Oceans" estoura com grande potência nas colunas, um excelente tema de death metal melódico que junta virtuosismo, potência e bom gosto nos arranjos de teclados.
Estas características podem ser ouvidas ao longo de todo o álbum mas aquela que realmente faz toda a diferença, é mesmo o facto de cada uma das músicas serem construídas e escritas de forma extremamente inteligente, algo que associariamos a uma banda veterana e não propriamente no primeiro álbum de uma jovem banda. "Castles In The Sand" é um dos temas em que a estrutura é mais próximo do metalcore, alternando voz gutural nos versos com voz limpa nos versos, mas mesmo assim, não há propriamente uma colagem a qualquer tendência própria de música descartável.
A banda brasileira falha em muita pouca coisa e mesmo as potenciais escorregadelas (como a pianada com mais cola do que pastilha elástica em banco de jardim da "The Way Home") são triunfos absolutos da banda e a melodia é sempre usada para o... "bem", chamemos-lhe assim. Se o death metal melódico é fruto dos anos noventa, o que causa uma saudade aos mais nostálgicos, "Infinite Ocean" traz o género para o século vinte, não renegando as suas raízes. Ainda é necessário provar o valor com mais experiência e mais trabalho apresentado mas os pontos em que "Infinite Ocean" falha é apenas em não conseguir ter dez músicas memoráveis. No entanto o que apresentam dá-nos a certeza de que não faltará muito para que isso aconteça. Um álbum de estreia de sonho para qualquer fã de death metal melódico.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Estas características podem ser ouvidas ao longo de todo o álbum mas aquela que realmente faz toda a diferença, é mesmo o facto de cada uma das músicas serem construídas e escritas de forma extremamente inteligente, algo que associariamos a uma banda veterana e não propriamente no primeiro álbum de uma jovem banda. "Castles In The Sand" é um dos temas em que a estrutura é mais próximo do metalcore, alternando voz gutural nos versos com voz limpa nos versos, mas mesmo assim, não há propriamente uma colagem a qualquer tendência própria de música descartável.
A banda brasileira falha em muita pouca coisa e mesmo as potenciais escorregadelas (como a pianada com mais cola do que pastilha elástica em banco de jardim da "The Way Home") são triunfos absolutos da banda e a melodia é sempre usada para o... "bem", chamemos-lhe assim. Se o death metal melódico é fruto dos anos noventa, o que causa uma saudade aos mais nostálgicos, "Infinite Ocean" traz o género para o século vinte, não renegando as suas raízes. Ainda é necessário provar o valor com mais experiência e mais trabalho apresentado mas os pontos em que "Infinite Ocean" falha é apenas em não conseguir ter dez músicas memoráveis. No entanto o que apresentam dá-nos a certeza de que não faltará muito para que isso aconteça. Um álbum de estreia de sonho para qualquer fã de death metal melódico.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira