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Koen Herfst - "Back To Balance" Review


Koen Herfst poderia bem ser o nome de uma banda de folk sueco, mas não, é mesmo o nome de um baterista que mesmo não sendo sobejamente conhecido na cena, mas os nomes com quem já colaborou certamente serão familiares entre os fãs de metal – Dew-Scented, After Forever e Epica. É um álbum que reúne uma série de cromos difíceis da música em torno do baterista que é o elemento comum entre todos diferentes nomes e géneros que “Back To Balance” foca. Então temos Mats Léven (actualmente nos Therion, Krux e Candle Mass), Daniël De Jongh (dos Textures), Valerio Recenti (dos My Propane), Marcela Bovio (dos Stream Of Passion), Tai Stamph (dos Splendid), Rodney Blaze (ex-Xenobia), Claudia Soumeru (de Bagga Bownz), Ward Palmen (dos Gunz N’ Rozes) e Eva Kathryn, no departamento da voz.

Nas guitarras por sua vez temos nomes como Marvin Vriesde (dos Dew-Scented), Eef Van Riet e Daan Janzing (ambos ex-My Favorite Scar), Eller Van Buuren (Bagga Bownz), Mendel Bij De Leij (dos Aborted), Remko Van Der Spek (ex-Orphanage) e ainda Leife De Leeuw, Marcel Singor e Wim Den Herder. No baixo, Michiel Eilbracht (Bagga Bownz), Joost Van Der Graaf (dos Dew-Scented), Joan Va Stratum (dos Stream Of Passion) e Robin Zielhorst (dos Exivious). Nas teclas temos ainda Joost Van Den Broek (ex-After Forever e actualmente nos The Gentle Storm), Coen Janssen (dos Epica), terminando com a participação no violino de  Judith Van Der Klip (ex-Blaudzun).

É mesmo muita gente junta, o que mostra que o músico coleccionou algumas amizades ao longo de quase vinte anos de carreira. Não há propriamente uma tendência que abranja todo o álbum, ainda o estilo de metal mais moderno é algo que se consegue associar bem – talvez a “Total Hate” e a sua mistura com rap ou hip-hop seja aquela que mais custa a entrar nos ouvidos mais rock/metal. De outra forma temos temas que se revelam grandes malhas, como a “I Don’t Need To Tell You”, a “Back To Balance” (esta última poderia estar num álbum de shred ou de metal progressivo que não estaria deslocada) ou a “Begone” (dentro do metal mais sinfónico e bombástico).

No entanto também existem algumas músicas que acabam por não aquecer nem arrefecer, mas, como um álbum de um baterista, acaba por demonstrar bem a sua versatilidade e em como é possível um baterista fazer um álbum a solo sem ter propriamente ter solos de bateria ou ter uma exibição explícita do seu talento, que é indiscutível. É um álbum agradável e que definitivamente merece algumas audições, com algumas faixas a sobreviver e a ficarem após essas audições terminarem. Uma boa surpresa para quem não conhecia o baterista – ou pelo menos não o reconhecia fora do contexto das bandas nas quais é integrante.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira