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Killing Joke - "Pylon" Review


Killing Joke. Se há nome que consegue reunir igual interesse entre apreciadores de metal, punk, gótico e new wave, sem falar dos aficionados do rock alternativo, sem dúvida que Killing Joke é um forte candidato ao posto. Desde o seu regresso em 2008 com o alinhamento original que a banda renasceu, tendo para isso contribuído e muito a morte Paul Raven, um dos membros originais da banda e que também se notabilizou pelas passagens por bandas como Ministry, Prong e Godflesh. Esse renascimento continua a ser-se palpável e “Pylon” é sem dúvida uma boa súmula de todas as influências que conseguiu espalhar por todos os estilos mencionados no início deste parágrafo.

Se uma “Autonomous Zone” junta o industrial e um certo encanto apocalíptico do new wave da década de oitenta, a “Dawn Of The Hive” mergulha ainda mais nas influências electrónicas para adensar o clima claustrofóbico que já é próprio do seu som. O factor épico também nunca fica totalmente de parte, com uma “New Cold War” que junta o pós-new wave com o metal gótico misturado com rock alternativo. Já estão a ver a coisa, não estão? É inútil tentar tecer comparações e discernir ao certo de onde nos chega tanta coisa diferente ao mesmo tempo. Inútil principalmente por ser algo que a banda sempre nos habituou. Mesmo com temas como “Euphoria” que são tão comerciais que até poderiam enjoar… mas não enjoam.

Melodias como do citado tema ou de outros como “War On Freedom” ou “Big Buzz” são contagiantes e marcantes, fazendo com que a banda se apresente aqui com uma vitalidade única, como até os maiores fãs não esperariam. Mais do que revivalismo, a banda faz uma súmula daquilo que faz parte da sua identidade. Se o ouvinte chegar a algumas conclusões parecidas (ou até mesmo díspares) que as nossas e pensar que já ouvimos muito daqui noutros sítios, é perfeitamente natural, já que esses mesmos sítios onde ouviram algo parecido com o que “Pylon” apresenta foram todos beber, invariavelmente, à mesma fonte: Killing Joke. Um grande regresso.


Nota: 8.7/10

Review por Fernando Ferreira