A imagem dos Gold é desconcertante. Os membros posam para a câmara e depois a sua cara é substituída por smiles gigantes. No entanto, e apesar de desconcertante, poderá dar boas indicações daquilo que podemos ouvir: algo muito estranho. Na realidade não é assim tão estranho, apenas temos a pequena costela Correio da Manhã, uma apetência para a dramatização. Com uma forte capacidade para o chamado rock psicadélico (ou o termo mais in psych rock) e com uns toques no space rock, noise rock e até pós rock, sem esquecer aquele toquezinho (actualmente já não tão) vanguardista da new wave ou pós punk, não há aqui nada de novo.
Então, qual o interesse de “No Image”? Simples, as suas melodias entranham-se no cérebro depois de dominarem por completo os ouvidos. Há uma certa tendência para a dramatização (lá está, a coisa é contagiosa), este não é um trabalho imediato para todos aqueles que gostam de coisas mais directas, ou que preferem até algo mais metal. Não quererá dizer que não tenha capacidade para os cativar que até tem. Exige é algum trabalho, paciência e dedicação, porque até existe aqui distorção de qualidade e melodias capazes de cativar os mais resistentes.
Bastará uma ou duas audições a temas como “O.D.I.R.”, “Tar And Feather” e “The Waves” para que os mesmos se instalem. Só é pena que o nível de interesse não sem mantenha por igual ao longo do trabalho. Por uma “Servant” explosiva e viciante, temos uma “Shapeless” que se arrasta com alguma dificuldade e pouco brilho e por uma “Old habit” que vai em crescendo envolvendo o ouvinte temos uma “The Controller” que desafia a nossa capacidade de nos mantermos acordados. Mesmo assim, e apesar disto que foi dito atrás, é um álbum interessante, de qualidade acima da média e que agradará o espectro alternativo mais ao lado/fora do metal.
Nota: 6.8/10
Review por Fernando Ferreira
Então, qual o interesse de “No Image”? Simples, as suas melodias entranham-se no cérebro depois de dominarem por completo os ouvidos. Há uma certa tendência para a dramatização (lá está, a coisa é contagiosa), este não é um trabalho imediato para todos aqueles que gostam de coisas mais directas, ou que preferem até algo mais metal. Não quererá dizer que não tenha capacidade para os cativar que até tem. Exige é algum trabalho, paciência e dedicação, porque até existe aqui distorção de qualidade e melodias capazes de cativar os mais resistentes.
Bastará uma ou duas audições a temas como “O.D.I.R.”, “Tar And Feather” e “The Waves” para que os mesmos se instalem. Só é pena que o nível de interesse não sem mantenha por igual ao longo do trabalho. Por uma “Servant” explosiva e viciante, temos uma “Shapeless” que se arrasta com alguma dificuldade e pouco brilho e por uma “Old habit” que vai em crescendo envolvendo o ouvinte temos uma “The Controller” que desafia a nossa capacidade de nos mantermos acordados. Mesmo assim, e apesar disto que foi dito atrás, é um álbum interessante, de qualidade acima da média e que agradará o espectro alternativo mais ao lado/fora do metal.
Nota: 6.8/10
Review por Fernando Ferreira