O thrash metal está realmente na ordem do dia e ainda não se encontram indícios de abrandar, ora pela vertente tradicional, ora pela vertente crossover ou pela vertente hardcore – muitas vezes próximo do death metal. Desta vez temos os suiços Broken Fate que com este “The Bridge Between” chegam à sua estreia nos álbuns. O caminho que escolheram acaba por não ser propriamente muito vincando em nenhuma das opções apresentados embora se possa dizer que é uma mistura entre o tradicional e alguns tiques modernos. Imediatamente esta parece ser uma escolha bem mais interessantes: o poder do thrash aliado à elegância do heavy metal e dos seus elementos mais clássicos
É tão tradicional que por vezes até nos esquecemos desse lado mais agreste que, bem vistas as coisas, acaba por estar em número menor. É dos típicos casos em que acaba por se dizer com convicção “não interessa ao que soa, soa bem”. Nem tudo corre bem, é correcto. A voz do amigo Tobias nem sempre impressiona mas soa genuína e crua o suficiente – em ambos os registos, tanto na mais gritada como na chamada “limpa” – e que poderão haver aqui razões para muitas acusações acerca da falta de originalidade das músicas. Até mesmo a duração do álbum poderá ser colocada em causa – para primeiro álbum apresentar mais de setenta minutos de música em quinze músicas poderá ser algo excessivo.
Apesar destas falhas todas, é um álbum que se houve muito bem, com um entusiasmo ingénuo que dá gosto e que temos pena de muitas das bandas grandes ou veteranas terem perdido. Em temas como a faixa-título, ou a surpreendente power ballad, “Thorns Of A Rose” (surpreendente por ser tão boa, não por apresentar alguma característica revolucionária) ou ainda a épica “Take You Away”, o vício é dominador. Para os amantes do som da velha guarda, a identificação é imediata e nem mesmo as vocalizações serão suficientes para afastá-los. Uma excelente estreia.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
É tão tradicional que por vezes até nos esquecemos desse lado mais agreste que, bem vistas as coisas, acaba por estar em número menor. É dos típicos casos em que acaba por se dizer com convicção “não interessa ao que soa, soa bem”. Nem tudo corre bem, é correcto. A voz do amigo Tobias nem sempre impressiona mas soa genuína e crua o suficiente – em ambos os registos, tanto na mais gritada como na chamada “limpa” – e que poderão haver aqui razões para muitas acusações acerca da falta de originalidade das músicas. Até mesmo a duração do álbum poderá ser colocada em causa – para primeiro álbum apresentar mais de setenta minutos de música em quinze músicas poderá ser algo excessivo.
Apesar destas falhas todas, é um álbum que se houve muito bem, com um entusiasmo ingénuo que dá gosto e que temos pena de muitas das bandas grandes ou veteranas terem perdido. Em temas como a faixa-título, ou a surpreendente power ballad, “Thorns Of A Rose” (surpreendente por ser tão boa, não por apresentar alguma característica revolucionária) ou ainda a épica “Take You Away”, o vício é dominador. Para os amantes do som da velha guarda, a identificação é imediata e nem mesmo as vocalizações serão suficientes para afastá-los. Uma excelente estreia.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
