“Mas que grande salganhada que para aqui vai”. É impossível que esta não seja a frase que nos surge ao ouvir “People Of The Blaze”. A coerência dos Acrania faz com que a frase se repita em todos os momentos deste álbum. Juntando death metal a ritmos tipicamente mexicanos, país de origem da banda, com secções de sopro que a música latina gosta de incorporar, temos uma ideia vencedora em termos de originalidade. A principal questão que se coloca obrigatoriamente é: será que esta originalidade vai desaguar em música que se consiga ouvir? Ou trata-se apenas “daqueles” discos que se faz sempre comparação com as anedotas – à primeira tem graça à segunda já embaça?
Não é uma resposta fácil de dar e para tal, obriga a muitas audições até que se consiga ter um esboço de uma decisão. O que é engraçado é que mesmo antes desse esboço de resposta estar concluído, este álbum torna-se completamente viciante. Viral mesmo. A mistura não lembra ao diabo e mesmo não se sendo apreciador de música latina, como é o meu caso, esta mescla instala-se e não quer sair. Torna-se como a planta carnívora do filme “A Lojinha Dos Horrores”, sempre a pedir por mais chicha, ou neste caso, por novas audições. Exige e atendemos a esse pedido sem qualquer tipo de problema.
Surpreendente e cativante. E de pensar que já o terceiro álbum que a banda lança, faz-nos querer visitar o passado recente da banda e confirmar se a maluquice começou aqui ou já vem de trás. Indo buscar outra comparação parva, este álbum parece ser um ritual vudu – com a tamborada frenética – convertido em death metal. Uma espécie de Santana da década de setenta sob o efeito de esteróides nucleares. Claro que poderia ser um pouco mais death metal e não dar tanto ênfase à parte da música latino-americana, mas também não seria expectável que quem não suporta o género ficasse de um momento para o outro fã da coisa. Para quem tem o espírito aberto.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Não é uma resposta fácil de dar e para tal, obriga a muitas audições até que se consiga ter um esboço de uma decisão. O que é engraçado é que mesmo antes desse esboço de resposta estar concluído, este álbum torna-se completamente viciante. Viral mesmo. A mistura não lembra ao diabo e mesmo não se sendo apreciador de música latina, como é o meu caso, esta mescla instala-se e não quer sair. Torna-se como a planta carnívora do filme “A Lojinha Dos Horrores”, sempre a pedir por mais chicha, ou neste caso, por novas audições. Exige e atendemos a esse pedido sem qualquer tipo de problema.
Surpreendente e cativante. E de pensar que já o terceiro álbum que a banda lança, faz-nos querer visitar o passado recente da banda e confirmar se a maluquice começou aqui ou já vem de trás. Indo buscar outra comparação parva, este álbum parece ser um ritual vudu – com a tamborada frenética – convertido em death metal. Uma espécie de Santana da década de setenta sob o efeito de esteróides nucleares. Claro que poderia ser um pouco mais death metal e não dar tanto ênfase à parte da música latino-americana, mas também não seria expectável que quem não suporta o género ficasse de um momento para o outro fã da coisa. Para quem tem o espírito aberto.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira