Por vezes é bom apreciar as coisas boas e simples da vida. Um bocado de pão, queijinho, uma cerveja, um álbum de death metal bruto dos queixos. Não havendo qualquer relação entre os primeiros itens mencionados e “Into Abeyance” podemos dizer descansados que este é um álbum de death metal que dá gosto ouvir do início ao fim. Com um início um pouco genérico, com “Abeyance” a lembrar os melhores tempos dos Morbid Angel – fossem todos os momentos genéricos que nos surgem diariamente deste calibre, inclusive por parte dos próprios Morbid Angel – aos poucos o álbum começa a tomar forma e pulso, principalmente com o segundo tema “I Shall Not Rest” a juntar uma saudável dose de melodia à equação.
Não se pense na fórmula habitualmente detectada no chamado death metal melódico com origem sueca. Aqui a coisa está bem mais próxima daquilo que uns Brutality nos trouxeram no início da sua carreira: death metal brutal mas com os solos de guitarra a representarem um espectáculo à parte. Não se pode dizer que estas dez músicas sejam uma revolução no death metal, mas que nos provocam um gozo danado, isso é inegável. “When God Ceases To Exist”, “Rihada” e “This Life Ends Here” são apenas alguns dos bons exemplos do que estamos a falar.
O nome pode ser um pouco parvo e imaturo – embora a solução gráfica do logo compense um pouco essa mesma imaturidade – mas a banda holandesa coloca o pé no chão com convicção e mostra que está aqui um álbum de respeito de death metal. Não é modernaço, não na sua estrutura e forma pelo menos já que esta produção é um luxo, não é atractivo comercialmente e estes factos são apenas mais duas boas razões para gostarmos ainda mais dele. Assim dá gosto ouvir death metal. Agora só falta o pão, o queijo e a cerveja.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Não se pense na fórmula habitualmente detectada no chamado death metal melódico com origem sueca. Aqui a coisa está bem mais próxima daquilo que uns Brutality nos trouxeram no início da sua carreira: death metal brutal mas com os solos de guitarra a representarem um espectáculo à parte. Não se pode dizer que estas dez músicas sejam uma revolução no death metal, mas que nos provocam um gozo danado, isso é inegável. “When God Ceases To Exist”, “Rihada” e “This Life Ends Here” são apenas alguns dos bons exemplos do que estamos a falar.
O nome pode ser um pouco parvo e imaturo – embora a solução gráfica do logo compense um pouco essa mesma imaturidade – mas a banda holandesa coloca o pé no chão com convicção e mostra que está aqui um álbum de respeito de death metal. Não é modernaço, não na sua estrutura e forma pelo menos já que esta produção é um luxo, não é atractivo comercialmente e estes factos são apenas mais duas boas razões para gostarmos ainda mais dele. Assim dá gosto ouvir death metal. Agora só falta o pão, o queijo e a cerveja.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
