Para quem não teve a oportunidade de ouvir “Winterborn”, lançado originalmente em 2013 em edição de autor e depois repescado pela Spinefarm – que agora também lança este segundo trabalho “Shadow World” – é obrigatório que o faça quanto antes. Não que isto seja fundamental para que se aprecie este álbum, apenas porque a sua excelência assim o obriga. Tirando isto do caminho, a fasquia estava bastante elevada para “Shadow World”. Apesar do death metal melódico estar algo esgotado, principalmente desde que o termo ficou associado ao metalcore, a estreia deste projecto finlandês transformado em banda deixou as melhores indicações possíveis. Indicações essas que não são deixadas ao acaso na sua sequela.
Aquilo que tem que se salientar é que o lado melódico dos Wolfheart continua bem presente, no entanto, também existe um incremento do peso. Se tal parecer contraditório, é realmente o que temos, mais melodia e mais peso e muitas das vezes os dois andam de mãos dadas. A grande diferença entre os dois trabalhos é mesmo a questão de que “Winterborn” foi o fruto do trabalho e idealização de um homem só, Tuomas Saukkonen, que mandou às urtigas todos os projectos que tinha para fazer este novo. A questão é que os Wolfheart em “Shadow World” são realmente uma banda e como tal, a criatividade não sai só da cabeça de Saukkonen mas também dos restantes companheiros de banda. O que prova que por muito genial se seja, fica-se sempre a ganhar quando se está (bem) acompanhado.
A banda está mais concisa e se antes soava impressionante, agora ainda consegue soar mais. Mais potente, mais focado, mais equilibrado, quando não se previa ser possível haver mais do quer que seja depois de uma estreia tão boa. É bom ver e ouvir death metal melódico, verdadeiro death metal melódico como aquele que nos chega através de músicas como “Zero Gravity”, “Last Of All Winters” ou a épica “Veri”. Músicas que ficam gravadas na cabeça do ouvinte, muito depois de as ouvir. E músicas que mesmo depois de ficarem gravadas, pedem que sejam revisitadas vezes sem conta. Tendo em conta os tempos que vivemos, tal feito é realmente apreciável.
Nota: 9.2/10
Review por Fernando Ferreira
Aquilo que tem que se salientar é que o lado melódico dos Wolfheart continua bem presente, no entanto, também existe um incremento do peso. Se tal parecer contraditório, é realmente o que temos, mais melodia e mais peso e muitas das vezes os dois andam de mãos dadas. A grande diferença entre os dois trabalhos é mesmo a questão de que “Winterborn” foi o fruto do trabalho e idealização de um homem só, Tuomas Saukkonen, que mandou às urtigas todos os projectos que tinha para fazer este novo. A questão é que os Wolfheart em “Shadow World” são realmente uma banda e como tal, a criatividade não sai só da cabeça de Saukkonen mas também dos restantes companheiros de banda. O que prova que por muito genial se seja, fica-se sempre a ganhar quando se está (bem) acompanhado.
A banda está mais concisa e se antes soava impressionante, agora ainda consegue soar mais. Mais potente, mais focado, mais equilibrado, quando não se previa ser possível haver mais do quer que seja depois de uma estreia tão boa. É bom ver e ouvir death metal melódico, verdadeiro death metal melódico como aquele que nos chega através de músicas como “Zero Gravity”, “Last Of All Winters” ou a épica “Veri”. Músicas que ficam gravadas na cabeça do ouvinte, muito depois de as ouvir. E músicas que mesmo depois de ficarem gravadas, pedem que sejam revisitadas vezes sem conta. Tendo em conta os tempos que vivemos, tal feito é realmente apreciável.
Nota: 9.2/10
Review por Fernando Ferreira