EP de estreia da banda lisboeta Monolith Moon que inicia em grande a sua carreira discográfica. Dentro do metal progessivo, os quatro temas que compõem "Leylines" revelam uma banda com uma qualidade muito acima da média. Este é o primeiro trabalho do colectivo mas sem se ter informações da banda e ouvindo temas como "Degeneration" e "Stages Of Mind Catabolism", ninguém o diria. Uma maturidade a nível de composição apreciável. O estilo de metal progressivo é comum a levar com que os músicos confundam o termo "progressivo" com o "demonstrativo", ou seja, em vez de se ter uma progressão a nível musical, muitas vezes o que se tem é uma exibição quase masturbatória dos seus dotes como instrumentistas. Não é o caso, de todo. Sim, todos os executantes têm um nível acima da média - para não dizer de topo - mas o seu talento revela-se mesmo na forma como conseguem criar músicas atractivas e apelativas.
Tem que se salientar também o talento da vocalista Sara Freitas, dona de uma voz poderosa mas que não cai em exageros de tentar atingir notas demasiado agudas para a sua capacidade, nem envereda por um registo operático - que, convenhamos, costuma ser a solução mais comum quando se fala de bandas com vocalista feminina. Em certos e fugazes momentos, também utiliza guturais que não destoam em nada com o resto. A voz traz uma certa sobriedade à música, elevando-a a um patamar ainda mais elevado do que aquele onde já se situa instrumentalmente. Os EPs por vez enganam, indicando-nos talento que depois não se materializam nos registos seguintes. Neste caso, podemos dizer com alguma segurança, que o mundo teria que dar algumas voltas valentes ao contrário para que isso acontecesse. Como tal coisa é exclusiva do primeiro filme do Super-Homem, podemos assumir que temos mesmo banda.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Tem que se salientar também o talento da vocalista Sara Freitas, dona de uma voz poderosa mas que não cai em exageros de tentar atingir notas demasiado agudas para a sua capacidade, nem envereda por um registo operático - que, convenhamos, costuma ser a solução mais comum quando se fala de bandas com vocalista feminina. Em certos e fugazes momentos, também utiliza guturais que não destoam em nada com o resto. A voz traz uma certa sobriedade à música, elevando-a a um patamar ainda mais elevado do que aquele onde já se situa instrumentalmente. Os EPs por vez enganam, indicando-nos talento que depois não se materializam nos registos seguintes. Neste caso, podemos dizer com alguma segurança, que o mundo teria que dar algumas voltas valentes ao contrário para que isso acontecesse. Como tal coisa é exclusiva do primeiro filme do Super-Homem, podemos assumir que temos mesmo banda.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira