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Loud At Least" - "Dirty" Review


“Dirty” é o segundo álbum da banda austríaca Loud At Least que nos apresenta um hard rock de cariz clássico ao qual até associamos mais a uma editora como a Frontiers do que à Massacre Records. Apesar do álbum em si não ser propriamente clássico na sua estrutura – tem 13 faixas – flui bastante bem e não nos deixa em momento algum um cheiro desconfortável a mofo ou bafio, que é o que acontece quando se tenta fazer hard rock clássico nos dias de hoje. Sem cair em muita lamechice ou azeitice, “Dirty” é um bom exercício hard rock, musculado e sempre com a melodia por perto, onde por vezes nos faz lembrar as harmonias típicas do NWOBHM como na “Burning My Heart”.

No entanto, a grande força das músicas de “Dirty” são os seus refrões que nos contagiam como se estivéssemos ainda em 1988, que fazem deste trabalho forte e capaz de resistir aos anos que virão. Isso e as dinâmicas entre as várias músicas. Assim temos um “Fire And Ice” bem robusto e quase power metal ao lado de um “Heaven Is Calling” que é extremamente melódica e catchy, tipicamente AOR, ali no limiar do azeite em profusão.  Com músicas assim, é um álbum que dificilmente cansa e que os fãs de hard rock receberão de braços bem abertos.

Praticamente sem nenhum filler, “Dirty” surpreende pela sua solidez, mesmo sem trazer nenhum tipo de revolução ou nova abordagem ao hard rock. O foco está nas músicas que, independentemente de terem bastantes lugares comuns, entretêm sem qualquer tipo de problema. Produção forte, mas sem desvirtuar o factor vintage que é muito bem recebido, excelentes executantes, uma boa voz. É difícil exigir mais aos Loud At Least!. Quer dizer… poderia exigir-se um novo nome, mas ao segundo álbum se calhar já é tarde demais. Bem, fica a música que compensa o nome estranho e pouco catchy.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira