Mais parece coisa de europeu, este "Anareta", mas não, os Horrendous são um trio norte-americano com enorme devoção ao death metal podre como mandam as regras primitivas do estilo. Antes que pensem em death metal sueco, aqui a abordagem é mais próxima daquele que nos surgiu no início da década de noventa, embora exista aqui aquele cheiro característico ao som de Estocolmo. No entanto, também existem pormenores ligeiramente mais técnicos do que aqueles que se esperaria de um álbum de death metal podre e primitivo, resultando num equilíbrio que fascina depois de alguma habituação. Isto, partindo do princípio de que se trata de um apreciador de death metal, que apesar de não ter muita tolerância para com os clichés que não trazem nada de novo, consegue apreciá-los quando são usados da forma correcta inteligente. É o que temos aqui.
Não chega no entanto para se ter um bom álbum. Para isso são necessárias canções. "The Nihilist" que inaugura o álbum perante o ouvinte, apesar de ser um bom exercício, não impressiona. Para esse efeito tem-se a faixa seguinte, "Ozymandias" que é a chamada "game changer", ou seja, se o ouvinte já tinha a sua ideia formada com o primeiro tema, o segundo faz com que coloque tudo em causa e que olhe para o resto de uma forma muito diferente. Principalmente quando de seguida surge uma faixa, "Siderea", instrumental do melhor que pode haver, isto para quem aprecia o seu death metal com melodia. E em três músicas temos a indicação de que os Horrendous são uma banda dinâmica que por acaso, apenas por acaso, elegeram o death metal como o seu estilo favorito.
O resultado são oito faixas de death metal de alta qualidade. Tem bastantes lugares comuns, isso é inegável, mas esses lugares comuns soam a uma homenagem vinda de quem ama verdadeiramente o género, em toda a sua amplitude. Malhões como "Acolytes" e "Sum Of All Failures" garantem isso mesmo. Este é um trabalho de qualidade inegável que, esperamos nós, vai elevar a banda a um patamar superior no underground. Costuma-se dizer que o terceiro álbum define a carreira de uma banda. Se assim é, então a carreira dos Horrendous será gloriosa porque este álbum é viciante.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Não chega no entanto para se ter um bom álbum. Para isso são necessárias canções. "The Nihilist" que inaugura o álbum perante o ouvinte, apesar de ser um bom exercício, não impressiona. Para esse efeito tem-se a faixa seguinte, "Ozymandias" que é a chamada "game changer", ou seja, se o ouvinte já tinha a sua ideia formada com o primeiro tema, o segundo faz com que coloque tudo em causa e que olhe para o resto de uma forma muito diferente. Principalmente quando de seguida surge uma faixa, "Siderea", instrumental do melhor que pode haver, isto para quem aprecia o seu death metal com melodia. E em três músicas temos a indicação de que os Horrendous são uma banda dinâmica que por acaso, apenas por acaso, elegeram o death metal como o seu estilo favorito.
O resultado são oito faixas de death metal de alta qualidade. Tem bastantes lugares comuns, isso é inegável, mas esses lugares comuns soam a uma homenagem vinda de quem ama verdadeiramente o género, em toda a sua amplitude. Malhões como "Acolytes" e "Sum Of All Failures" garantem isso mesmo. Este é um trabalho de qualidade inegável que, esperamos nós, vai elevar a banda a um patamar superior no underground. Costuma-se dizer que o terceiro álbum define a carreira de uma banda. Se assim é, então a carreira dos Horrendous será gloriosa porque este álbum é viciante.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
