Os Portuenses Grunt regressam em 2015 com o seu segundo álbum de originais “Codex Bizarre”. Para os mais desatentos, se é que os há, a tarefa que a banda tinha era superar o seu primeiro trabalho, “Scrotal Recall”, que apesar de não impressionar tinha revelado boas indicações para o futuro.
Agora, passados 4 anos, estou certo que valeu a pena esperar pela resposta da banda, pois após uma audição mais cuidada deste novo registo, facilmente conclui-se estarmos na presença de um lançamento que retrata uns Grunt com as ideias mais estruturadas, objetivas e fluídas, ou seja, os indicadores deixados atrás cresceram e foram perfeitamente consolidados.
Agora, passados 4 anos, estou certo que valeu a pena esperar pela resposta da banda, pois após uma audição mais cuidada deste novo registo, facilmente conclui-se estarmos na presença de um lançamento que retrata uns Grunt com as ideias mais estruturadas, objetivas e fluídas, ou seja, os indicadores deixados atrás cresceram e foram perfeitamente consolidados.
Convém salientar que toda a estética da banda obedece a um rigor fetichista e sado masoquista, onde as relações entre o escravo e o dominador são despidas de preconceitos e colocadas a nu, perante os olhos mais sensíveis. Este ambiente é transposto para a música de forma simples, mas muito eficaz, conferindo à violência e peso musical uma dimensão misteriosamente carnal e excitante. “Codex Bizarre” tem temas muito aliciantes de onde destaco o de abertura, “The Sweet Smell Of Servitude”, passando ao “Teratoid Latex Feudalist”, seguindo para o “Vassalage Grotesque” e terminando no ” Levitra Powered Aged Predator”, por exemplo.
No seu todo, estamos perante um regresso reforçado dos Grunt, a demarcaram-se do grindcore mais mainstream e a comprovarem que é possível criar-se uma identidade com personalidade dentro da aldeia global da música extrema.
Nota: 8,1/10
Review por Pedro Pedra
Review por Pedro Pedra