Os Doomshine não são das propostas mais badaladas de doom metal tradicional. Uma das razões que possam justificar este facto é certamente o seu ritmo de trabalho, já que em quase quinze anos de carreira, a banda só agora chega ao terceiro álbum. Como quantidade nem sempre significa qualidade, o seu nome sempre esteve associado a música com uma qualidade um pouco acima da média, ainda que por vezes se notassem demasiadas semelhanças quando comparados com os Candlemass. As semelhanças não são más, o problema é quando a qualidade não chega para sacudi-las que é o que acontece aqui por vezes.
Peguemos no primeiro tema, "Celtic Glasgow Frost" que tem um início fulgorante mas que ao longo dos seus quase oito minutos, simplesmente vai morrendo aos poucos, parecendo os momentos menos inspirados dos Solitude Aeternus, outro dos noms que nos ocorrem com alguma frequência. E infelizmente é algo que vai ocorrendo algumas vezes, demasiadas, ao longo desta quase hora de duração. As músicas mais pequenas têm seis minutos, e aquilo que se sente é que vamos definhando por dentro enquanto o álbum decorre. Tudo bem que o doom metal é um estilo de música que espalha melancolia, mas aqui parece mais que espalha a apatia.
Aos poucos, no entanto, conforme as audições se vão sucedendo, é possível sacudir esta sensação embora ela não desapareça por completo - por exemplo no épico de onze minutos "Witchburn Road" que parece infindável não importa as vezes que se ouça - embora tenha que se admitir que aquele solo final é realmente uma coisa do outro mundo em termos de feeling. Para os amantes do doom metal está aqui um bom álbum embora nem todos possam conseguir apreciá-lo. Os que nem gostam de doom metal, esqueçam, não é aqui que vão encontrar razões para começar a fazê-lo.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Peguemos no primeiro tema, "Celtic Glasgow Frost" que tem um início fulgorante mas que ao longo dos seus quase oito minutos, simplesmente vai morrendo aos poucos, parecendo os momentos menos inspirados dos Solitude Aeternus, outro dos noms que nos ocorrem com alguma frequência. E infelizmente é algo que vai ocorrendo algumas vezes, demasiadas, ao longo desta quase hora de duração. As músicas mais pequenas têm seis minutos, e aquilo que se sente é que vamos definhando por dentro enquanto o álbum decorre. Tudo bem que o doom metal é um estilo de música que espalha melancolia, mas aqui parece mais que espalha a apatia.
Aos poucos, no entanto, conforme as audições se vão sucedendo, é possível sacudir esta sensação embora ela não desapareça por completo - por exemplo no épico de onze minutos "Witchburn Road" que parece infindável não importa as vezes que se ouça - embora tenha que se admitir que aquele solo final é realmente uma coisa do outro mundo em termos de feeling. Para os amantes do doom metal está aqui um bom álbum embora nem todos possam conseguir apreciá-lo. Os que nem gostam de doom metal, esqueçam, não é aqui que vão encontrar razões para começar a fazê-lo.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
