Não é preciso muito tempo deste “Echo Cosmic” para que se fique a perceber que este é um álbum de um guitarrista sem o nome de guitarrista. Kevin Estrella é o senhor em questão e apresenta aqui um senhor trabalho de shred que não se limita no entanto à estrutura habitual – ou seja, pelas ondas do rock instrumental. “Dream Division”, a primeira música, é bastante convencional nesse aspecto mas mesmo assim, consegue ir por caminhos um pouco mais progressivos e até space rock, com uma ambiência bem conseguida. Também uma coisa que é bastante clara neste primeiro tema é o som da bateria, que soa fraquíssimo e prejudica gravemente as músicas.
De resto, este é um trabalho para se ouvir com a noção de que se irá viajar e é com o segundo tema “Battle For Rome” que realmente se sai da terra. Se o tema anterior apenas sugeria, aqui é cumprido. E tudo sempre com solos inacabáveis e inacreditáveis. Também existe espaço para a melodia em temas como “Tribute” e o tema título ou o rock mais puro como em “Heaven’s Gate”, mas é a “maluquice” de temas como “Sailing The Oceans Of Neptune” e “Spectre Of Orion” que são realmente a praia dos Pyramids On Mars e onde também demonstram a sua versatilidade, principalmente nesta última, onde temos riffs mesmo metal que faz com que se forme um certo gesto nas mãos sem que se dê conta.
Apesar de alguns momentos mais calmos e outros mais intensos (reservados para o final do álbum com “Order Of the Freemasons” e Occam’s Razor”) trata-se de um álbum onde a guitarra é rainha e senhora e onde tudo o resto acaba por ficar relegado para segundo plano. Talvez seja um pouco extenso demais – menos uma música ou duas não faria mal a ninguém. Independentemente disto, o que interessa é que está aqui um senhor álbum de rock instrumental, variado como não se julgaria possível. Recomendado.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
De resto, este é um trabalho para se ouvir com a noção de que se irá viajar e é com o segundo tema “Battle For Rome” que realmente se sai da terra. Se o tema anterior apenas sugeria, aqui é cumprido. E tudo sempre com solos inacabáveis e inacreditáveis. Também existe espaço para a melodia em temas como “Tribute” e o tema título ou o rock mais puro como em “Heaven’s Gate”, mas é a “maluquice” de temas como “Sailing The Oceans Of Neptune” e “Spectre Of Orion” que são realmente a praia dos Pyramids On Mars e onde também demonstram a sua versatilidade, principalmente nesta última, onde temos riffs mesmo metal que faz com que se forme um certo gesto nas mãos sem que se dê conta.
Apesar de alguns momentos mais calmos e outros mais intensos (reservados para o final do álbum com “Order Of the Freemasons” e Occam’s Razor”) trata-se de um álbum onde a guitarra é rainha e senhora e onde tudo o resto acaba por ficar relegado para segundo plano. Talvez seja um pouco extenso demais – menos uma música ou duas não faria mal a ninguém. Independentemente disto, o que interessa é que está aqui um senhor álbum de rock instrumental, variado como não se julgaria possível. Recomendado.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira