Do Porto, mais concretamente da Maia, surgem-nos os October Horse. O nome não é nada usual - segundo a banda, surge de um antigo lema romano em que consistia em sacrificar o cavalo que teve melhor prestação em combate. Dizem que funciona como lema e presságio para o grupo. Como e em quê, não fazemos ideia - mas a música também não, por isso até acaba por ficar equilibrado. Este "Conduct" é a sua estreia discográfica, e consiste em seis temas que totalizam cerca de trinta minutos. O género? Bem, não é uma pergunta fácil de responder. Temos aqui pedaços de jazz, metal/rock progressivo e até pitadas de mathcore ou outra coisa qualquer que se caracterize por espasmos musicais cronometrados e bem ritmados. Poderia ser a receita para o desastre, tal como o facto de todos cantarem na banda. Sabendo que nem tudo o que é bom funciona na mesma música, e que nem todos nasceram para cantar, o preconceito decide mesmo que o desastre é real mesmo antes sequer de começar-se a ouvir.
Até que se começa a ouvir "Atlas" e o preconceito recolhe envergonhado. Ok, é certo que existem aqui demasiadas ideias para que uma pessoa normal se consiga lembrar delas, isso é um facto. Mas o que é certo é que se acaba sempre no mesmo ponto: empolgado enquanto a música decorre. E, sem sombra de exagero, isso acontece em todas as músicas deste lançamento. Se é um lançamento imperfeito que sofre dos males de ser o primeiro? Sem dúvida. É necessária mais alguma maturação, mas também é necessário cuidado para que o espírito inocente e puro deste diamante em bruto que se tem aqui não se transforme em algo completamente banal. Essa deverá ser a preocupação mais importante. Isso e ter uma produção que tenha capacidade de explanar perfeitamente todo o potencial das composições. Tirando isso do caminho, temos mestres.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Até que se começa a ouvir "Atlas" e o preconceito recolhe envergonhado. Ok, é certo que existem aqui demasiadas ideias para que uma pessoa normal se consiga lembrar delas, isso é um facto. Mas o que é certo é que se acaba sempre no mesmo ponto: empolgado enquanto a música decorre. E, sem sombra de exagero, isso acontece em todas as músicas deste lançamento. Se é um lançamento imperfeito que sofre dos males de ser o primeiro? Sem dúvida. É necessária mais alguma maturação, mas também é necessário cuidado para que o espírito inocente e puro deste diamante em bruto que se tem aqui não se transforme em algo completamente banal. Essa deverá ser a preocupação mais importante. Isso e ter uma produção que tenha capacidade de explanar perfeitamente todo o potencial das composições. Tirando isso do caminho, temos mestres.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
