Kataklysm, a máquina debulhadora canadiana está de volta. Não esteve muito tempo ausente, apenas dois anos e em relação a este “Waiting For The End To Come” o que se pode dizer é que existe aqui um sentido melódico bem mais apurado, sendo que a brutalidade foi um pouco mais aguada. Normalmente este tipo de coisa significa que a qualidade sofre um pouco, mas até nem se pode dizer que isso seja uma grande questão por aqui e apenas não é porque as músicas são realmente interessantes. Nota para o futuro, pode-se fazer tudo o que se quiser no mundo do metal, desde que as músicas consigam cativar o suficiente.
Ainda assim, e sabendo que o nível de (in)tolerância varia de pessoa para pessoa, as duas primeiras faixas – “Breaching The Asylum” e “The Black Sheep” poderão deixar os mais desconfiados de pé atrás, no entanto um malhão como a “Marching Through Graveyards”, que não renega a melodia, mas tem um incremento significativo de peso. No entanto, nem será bem a melodia que poderá fazer mais confusão e sim o modernismo de algumas das suas músicas e a sua estrutura. A voz de Mariuzo Iacono, essa continua extrema como sempre, o que também dará indicação de que a banda não anda propriamente à procura de sucesso fácil, subvertendo a sua identidade de um dia para o outro.
Melodia, melancolia, muito peso, num álbum que não é dos seus mais cativantes ou impressionantes mas que mantem a fasquia da qualidade bem elevada, ou seja, a banda evolui, lança um álbum diferente, não está estagnada no mesmo sítio. Para os apreciadores de death metal melódico, provavelmente o facto do modernismo destas composições não interessarão, sendo apenas mais uma prova da longevidade da banda, com quase vinte e cinco anos de carreira e doze álbuns lançados. Só o tempo dirá se estas “inovações” no seu som serão para manter. Pessoalmente, acredito que não serão provavelmente o melhor caminho a seguir, apesar dos resultados satisfatórios atingidos. Seria preferível seguir o próprio caminho, do que introduzir elementos da moda apenas porque sim.
Futurismos aparte, “Of Ghosts And Gods” é um bom álbum de death metal melódico, que os fãs da banda não terão problemas em receber de braços abertos. Também serve como um bom ponto de partida para aqueles que não os conhecem.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Ainda assim, e sabendo que o nível de (in)tolerância varia de pessoa para pessoa, as duas primeiras faixas – “Breaching The Asylum” e “The Black Sheep” poderão deixar os mais desconfiados de pé atrás, no entanto um malhão como a “Marching Through Graveyards”, que não renega a melodia, mas tem um incremento significativo de peso. No entanto, nem será bem a melodia que poderá fazer mais confusão e sim o modernismo de algumas das suas músicas e a sua estrutura. A voz de Mariuzo Iacono, essa continua extrema como sempre, o que também dará indicação de que a banda não anda propriamente à procura de sucesso fácil, subvertendo a sua identidade de um dia para o outro.
Melodia, melancolia, muito peso, num álbum que não é dos seus mais cativantes ou impressionantes mas que mantem a fasquia da qualidade bem elevada, ou seja, a banda evolui, lança um álbum diferente, não está estagnada no mesmo sítio. Para os apreciadores de death metal melódico, provavelmente o facto do modernismo destas composições não interessarão, sendo apenas mais uma prova da longevidade da banda, com quase vinte e cinco anos de carreira e doze álbuns lançados. Só o tempo dirá se estas “inovações” no seu som serão para manter. Pessoalmente, acredito que não serão provavelmente o melhor caminho a seguir, apesar dos resultados satisfatórios atingidos. Seria preferível seguir o próprio caminho, do que introduzir elementos da moda apenas porque sim.
Futurismos aparte, “Of Ghosts And Gods” é um bom álbum de death metal melódico, que os fãs da banda não terão problemas em receber de braços abertos. Também serve como um bom ponto de partida para aqueles que não os conhecem.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira