A maior banda (provavelmente) de black metal finlandês está de volta para o seu nono assalto. Com uma carreira que já ultrapassou a marca dos vinte anos é apreciável ver a energia que esta proposta ainda tem e a forma como ainda se mantem relevante num género musical tão hermético como o black metal. Isto sem mexer um mílimetro na sua identidade que permanece intocável ao fim de todos estes anos. Isso não muda neste álbum mas isso não faz com que "Hengen Tulet" seja menos interessante, pelo contrário, é uma das propostas mais interessantes que os Horna apresentaram nos últimos anos.
É certo que temos muito tremolo picking e muitos blastbeats como "Amadriada" deixa logo claro no início do trabalho, mas também existe aqui muito espaço para algumas dinâmicas que fazem com que este álbum de torne bem mais viciante do que o esperado. "Nekromantia" e "Puhdas" são apenas dois exemplos, diferentes entre si, da possibilidade de fazer verdadeiro black metal, como mandam as regras puristas, sem que seja repetitivo em termos de ideias e aborrecido. Peso com fartura e negritude contagiante é o que podemos encontrar em profusão.
A produção também ajuda a esse efeito, conseguindo conservar o primitivismo essencial ao género mas sem que seja propriamente um daqueles registos podres que fazer doer os ouvidos para quem é sensível a produções arraçadas de geradores a gasóleos. Para quem não gosta dos Horna, não será este álbum que os vai converter, mas sem dúvida que a banda vai conseguir agradar a todos os aficionados das artes negras, no entanto, o que fica bem claro com este trabalho é que a banda mantem-se no underground, lançamento após lançamento, não por não ter qualidade para ascender, mas por defender aquilo que ama fazer e que faz parte da sua identidade, trabalho após trabalho, independentemente da aceitação que tem comercialmente. Não há dúvida que "Hengen Tulet" assenta que nem uma luva nesta visão.
Nota: 8.3/10
Review por Fernando Ferreira
É certo que temos muito tremolo picking e muitos blastbeats como "Amadriada" deixa logo claro no início do trabalho, mas também existe aqui muito espaço para algumas dinâmicas que fazem com que este álbum de torne bem mais viciante do que o esperado. "Nekromantia" e "Puhdas" são apenas dois exemplos, diferentes entre si, da possibilidade de fazer verdadeiro black metal, como mandam as regras puristas, sem que seja repetitivo em termos de ideias e aborrecido. Peso com fartura e negritude contagiante é o que podemos encontrar em profusão.
A produção também ajuda a esse efeito, conseguindo conservar o primitivismo essencial ao género mas sem que seja propriamente um daqueles registos podres que fazer doer os ouvidos para quem é sensível a produções arraçadas de geradores a gasóleos. Para quem não gosta dos Horna, não será este álbum que os vai converter, mas sem dúvida que a banda vai conseguir agradar a todos os aficionados das artes negras, no entanto, o que fica bem claro com este trabalho é que a banda mantem-se no underground, lançamento após lançamento, não por não ter qualidade para ascender, mas por defender aquilo que ama fazer e que faz parte da sua identidade, trabalho após trabalho, independentemente da aceitação que tem comercialmente. Não há dúvida que "Hengen Tulet" assenta que nem uma luva nesta visão.
Nota: 8.3/10
Review por Fernando Ferreira
