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Xenofanes - "Pissing In The Holy Grail" Review


Mais uma banda a chegar ao mundo dos álbuns. Os Xenofanes são suecos mas não são propriamente novatos, com uma carreira quase a totalizar vinte e cinco anos. A banda está a viver neste momento a sua segunda encarnação, depois de uma série de demos lançadas entre 2011 e 2013. O estilo a que se propoem tocar é uma espécie de thrash metal bruto pegando em influências de black e death metal, algo à semelhança daquilo que os Toxic Holocaust fazem, mas sem o elemento punk. Na verdade, a melhor descrição comparativa que se poderia fazer era um cruzamento entre os Aura Noir e os Toxic Holocaust, ressalvando o facto que os Xenofanes não são propriamente cópias de nenhum dos nomes.

Esse poderá ser um factor que intrigue o ouvinte, já que não soando propriamente a cópia de alguém, músicas como a "Soulthirst" (o primeiro contacto que se tem com este "Pissing In The Holy Grail"), "Spitfire Inferno" e "Mentally Damaged" têm um forte aroma a algo que já provámos antes, embora não consigamos identificar exactamente onde. Outro do problema que esta estreia sofre é a duração de algumas das suas músicas. Temas como a já citada "Spitfire Inderno", a "Next Stop Purgatory", "Speed Dating Anticrist" e o tema título revelam-se demasiado longas para aquilo que apresentam. Aliás, não só nas citadas faixas como também um pouco por todas as restantes faixas.

Resumindo, este "Pissing In The Holy Grail" consegue apresentar argumentos que vão mais além da simples moda do thrash retro com black e death metal à mistura. O facto de algumas das suas músicas tentarem ir mais além do óbvio dos três minutos de duração, com foco nos riffs, é de saludar. O problema é que ter uma música de sete minutos, com recurso a demasiadas repetições para cumprir esse tempo, também não é solução. Esperaria-se mais de uma banda com tantos anos de carreira, mesmo que no seu álbum de estreia. Por outro lado, há aqui indicações que talvez a banda nos surpreenda num eventual segundo álbum, contando que não demorem mais de vinte anos para o lançarem.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira