Sempre achei este nome como indicador de música épica, violenta e… bruta. Assim, com espadas e legiões e catapultas e outras coisas que mais. No entanto, ao se ouvir a música realmente, não se podia estar mais longe. Entretanto, os anos passam e a banda já tem quatro álbuns e já são um dos nomes mais badalados e representantivos da mistura do metal com hardcore, não se furtando a usar os teclados na sua música. Ou seja, será uma daquelas bandas que a maioria dos metaleiros adora detestar.
Fora dos estereótipos e preconceitos, será que este quarto álbum auto-intitulado é assim tão mau? Depende mesmo dos gostos de cada um. Embora seja fácil dizer que não há aqui nada de novo em relação ao que já foi feito, também tem que se admitir que quando se tem este tipo de discurso e nunca se gostou da banda (ou do seu tipo de som) está-se a ser um pouco hipócrita, já que o estilo pós-hardcore ou metalcore é mesmo o resultado da mudança – embora curta e passageira como todas as modas. Não mergulhemos em debates filosóficos que em nada ajuda ao que estamos aqui a tratar. Este é um álbum que traz todas as características que são expectáveis: melodias infecciosas com refrões a condizer (“The World I Used To Know” poderia ser bem uma música pop a passar na Rádio Comercial), um riff pesado de vez em quando com uma voz a berrar a acompanhar.
E é só.
Ou seja, é manifestamente pouco. Não chega. Este álbum não é composto por dez temas, é composto por dez refrões, bonitinhos, que sem dúvida que cativam, mas que dificilmente perduram. Não é física quântica e já é algo do conhecimento de grande parte dos apreciadores de música. Para se ter melodia daquela que se agarra à cabeça como pastilha elástica, tem que se sacrificar de peso, complexidade e experimentalismo. Quando se tem as duas vertentes equilibradas, normalmente é onde encontramos as obras que ficam classificadas como clássicos. Neste caso, a balança está a pender demasiado para um lado que provavelmente lhes vai garantir bastantes vendas, popularidade, mas em termos de longevidade, não lhes traz absolutamente nada.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira