Os franceses Watertank apresentam neste “Destination Unknown” uma mistura cativante entre stoner, sludge, um certo espírito rock alternativo da década de noventa(seria mais fácil dizer grunge mas a aversão ao termo não o permite), onde a grande mais valia do mesmo é a qualidade das suas músicas e não a soma das suas partes atrás citadas. É um álbum curto cuja qualidade ainda acentua mais esse facto – para ser-se curto e grosso, até parece que voa, tal não é o vício que inflige ao ouvinte.
Outro dos seus poderes é a sua fantástica dinâmica, onde temos vários sentimentos, várias disposições ao longo do trabalho que fazem com que este seja muito mais rico do que aquilo que inicialmente se esperaria. Se uma música como a “Automatic Reset” consegue evocar tanto a década de oitenta como a de noventa, no que ao rock alternativo diz respeito, a para contrails faz uma espécie de ponte entre os Pearl Jam em meados da década de noventa com os Jane’s Addiction ou os Stone Temple Pilots. “DVCR” vai buscar um pouco de stoner rock e a letargia do doom, com uma espécie de pop rock próprio da década de oitenta. Em todas elas temos a presença de nomes mais contemporâneos como os Kylesa, Baroness, Torche e em certa medida, Red Fang.
E poderíamos ficar aqui o resto da semana a evocar todas as várias cores, tonalidades, estados de espírito que este álbum evoca. E quando assim é, a conclusão só pode ser uma: ele só pode ser algo transcendental à soma das suas partes. “Destination Unknown” poderá ser mais indicado aos apreciadores de rock moderno, alternativo, stoner, do que propriamente aos fãs de metal, mas mesmo assim, é impossível não deixar de apreciar cada uma destas faixas, assim como também é impossível desassociar qualquer uma destas nove músicas do restante conjunto.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Outro dos seus poderes é a sua fantástica dinâmica, onde temos vários sentimentos, várias disposições ao longo do trabalho que fazem com que este seja muito mais rico do que aquilo que inicialmente se esperaria. Se uma música como a “Automatic Reset” consegue evocar tanto a década de oitenta como a de noventa, no que ao rock alternativo diz respeito, a para contrails faz uma espécie de ponte entre os Pearl Jam em meados da década de noventa com os Jane’s Addiction ou os Stone Temple Pilots. “DVCR” vai buscar um pouco de stoner rock e a letargia do doom, com uma espécie de pop rock próprio da década de oitenta. Em todas elas temos a presença de nomes mais contemporâneos como os Kylesa, Baroness, Torche e em certa medida, Red Fang.
E poderíamos ficar aqui o resto da semana a evocar todas as várias cores, tonalidades, estados de espírito que este álbum evoca. E quando assim é, a conclusão só pode ser uma: ele só pode ser algo transcendental à soma das suas partes. “Destination Unknown” poderá ser mais indicado aos apreciadores de rock moderno, alternativo, stoner, do que propriamente aos fãs de metal, mas mesmo assim, é impossível não deixar de apreciar cada uma destas faixas, assim como também é impossível desassociar qualquer uma destas nove músicas do restante conjunto.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira