Há já algum tempo tempo que não passavam por estas páginas sons deathcore. O regresso fica marcado com o novo álbum dos Thy Art Is Murder, “Holy War”. Já aqui falámos anteriormente (se calhar demasiadas vezes) do beco sem saída que é este género e a prova disso é a forma como muitas das bandas que se notabilizaram no género acabaram por enveredar por caminhos mais tradicionais do que insistir propriamente em algo onde já se viu e ouviu tudo o que havia para ouvir. Para quem tinha expectativa de que acontecesse o mesmo para os australianos Thy Art Is Murder, que se desiluda imediatamente.
“Holy War” tem breakdowns, “chuga chuga” com fartura e tudo aquilo que caracteriza um lançamento de deathcore. Tudo o que levou tantas pessoas a gostar e outras tantas (ou mais) a detestar o género, está aqui bem presente. Curiosamente e até inesperadamente, também temos músicas. Verdadeiras músicas e não apenas um apanhado de todos os tiques de deathcore que já se está enjoado de ouvir vezes sem conta, em álbuns diferentes. Que não existam enganos, para quem está enjoado de deathcore, não é aqui que vai encontrar a cura ou a redenção do estilo. Temas como “Absolute Genocide”, o tema título ou “Deliver Us To Evil” não deixam margem para dúvidas sobre o que estamos a ouvir.
No entanto, a forma como as músicas estão compostas e, principalmente, como o álbum está construído (o seu alinhamento), este é um álbum que flui sem qualquer dificuldade, sem resistências. E até algumas coisas ficam para a posteridade, após algumas audições, algo mais que os breakdowns e os “chuga chugas”, como a “Light Bearer”, que poderia até estar num álbum de death/black metal moderno, com um uso inteligente de atmosfera e ambiência. Talvez se a banda se afaste mais do “core” ganhe ainda mais interesse, mas também, como “Holy War” bem prova, isso não é absolutamente certo.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
“Holy War” tem breakdowns, “chuga chuga” com fartura e tudo aquilo que caracteriza um lançamento de deathcore. Tudo o que levou tantas pessoas a gostar e outras tantas (ou mais) a detestar o género, está aqui bem presente. Curiosamente e até inesperadamente, também temos músicas. Verdadeiras músicas e não apenas um apanhado de todos os tiques de deathcore que já se está enjoado de ouvir vezes sem conta, em álbuns diferentes. Que não existam enganos, para quem está enjoado de deathcore, não é aqui que vai encontrar a cura ou a redenção do estilo. Temas como “Absolute Genocide”, o tema título ou “Deliver Us To Evil” não deixam margem para dúvidas sobre o que estamos a ouvir.
No entanto, a forma como as músicas estão compostas e, principalmente, como o álbum está construído (o seu alinhamento), este é um álbum que flui sem qualquer dificuldade, sem resistências. E até algumas coisas ficam para a posteridade, após algumas audições, algo mais que os breakdowns e os “chuga chugas”, como a “Light Bearer”, que poderia até estar num álbum de death/black metal moderno, com um uso inteligente de atmosfera e ambiência. Talvez se a banda se afaste mais do “core” ganhe ainda mais interesse, mas também, como “Holy War” bem prova, isso não é absolutamente certo.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira