Estreia dos portugueses Shape que já há muito tinham deixado boas indicações no espectro do hardcore tanto pelos EP lançados como pela experiência de palco entretanto adquirida. “Crossing Roads” é o materializar dessa mesma boa experiência, que resulta num excelente álbum de hardcore moderno. Conciliando um som forte e poderoso com um conceito lírico interessante, o pacote integral é de qualidade, tendo apenas um pequeno defeito: é curto. Demasiado curto, embora se admita que tenha a duração ideal para um trabalho do género.
O início singelo da “Enjoy Life” pressupõe algo mais calmo do que aquilo que realmente nos espera e esse é apenas um dos muitos pontos positivos de “Crossing Roads”, a sua dinâmica. Tem-se desde o feeling mais rockeiro (“Heart In Flames”) ao mais próximo do noise rock (“100o”), sem esquecer a contemplação e emoção inerente com um certo sabor a emo (“Enjoy The Pain”) e, claro, o bom e velho punk rock (“Lesswhere”). Mesmo para quem não aprecia nenhum dos estilos atrás mencionados, a música que está contida nesta estreia acaba por não ser refém dos mesmos.
Um álbum que apesar de curto, cumpre a tudo aquilo que se propõe e coloca no céu mais uma estrela, não igual a todas as outras, mas com uma identidade própria. Fica a sensação de que este é um trabalho que tem tudo para vingar lá fora – embora se saiba que o que é justo nem sempre anda de mãos dadas com aquilo que acontece realmente. Independentemente do futuro, no presente, temos álbum e sem dúvida que temos banda. Boa, excelente surpresa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
O início singelo da “Enjoy Life” pressupõe algo mais calmo do que aquilo que realmente nos espera e esse é apenas um dos muitos pontos positivos de “Crossing Roads”, a sua dinâmica. Tem-se desde o feeling mais rockeiro (“Heart In Flames”) ao mais próximo do noise rock (“100o”), sem esquecer a contemplação e emoção inerente com um certo sabor a emo (“Enjoy The Pain”) e, claro, o bom e velho punk rock (“Lesswhere”). Mesmo para quem não aprecia nenhum dos estilos atrás mencionados, a música que está contida nesta estreia acaba por não ser refém dos mesmos.
Um álbum que apesar de curto, cumpre a tudo aquilo que se propõe e coloca no céu mais uma estrela, não igual a todas as outras, mas com uma identidade própria. Fica a sensação de que este é um trabalho que tem tudo para vingar lá fora – embora se saiba que o que é justo nem sempre anda de mãos dadas com aquilo que acontece realmente. Independentemente do futuro, no presente, temos álbum e sem dúvida que temos banda. Boa, excelente surpresa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira