Foi numa tarde quente de Junho que a Metal Imperium pôde assistir à preparação do trabalho de estreia dos One Hundred And Twenty (OHAT). Tobel Lopes, guitarra, Arlindo Cardoso, baixo e Daniel Cardoso, bateria, eram os três elementos presentes nos Ultrasound Studios em Braga, para gravarem a bateria, com a produção de Pedro Mendes. Com as guitarras já gravadas nos estúdios do Tobel, a MI pôde escutar alguns temas ainda sem captação de voz.
Enquanto rolava “Cocoon”, um dos temas, fomos tentando saber como de projecto pessoal, do Arlindo, se tinha passado a grupo. Iniciado em 2014, como projecto de Arlindo Cardoso, o processo foi enriquecido quando David Pais (The 9th Cell) foi convidado a escrever as letras, tendo os primeiros temas aparecido em formato acústico na SuperFM. Ao projecto juntaram-se os restantes músicos, inicialmente apenas como convidados. A marcação de um concerto de apresentação em Tomar e os primeiros ensaios levaram à evolução de projecto a banda. Como afirma o Tobel, “antes do concerto estávamos mais relaxados que em outros com as anteriores bandas” e isso foi a pedra basilar para unir uma estrutura que se previa ser ocasional. De certas forma não só todos os músicos já se conheciam de outros projectos, como no caso do trio presente, “já se conhecem há mais de dez anos”, nas palavras de Arlindo Cardoso. Questionado sobre Tomar e o concerto na Associação Cultural S.C.O.C.S, o músico revelou que em tocar numa cidade como Lisboa, já não é factor de pressão, mesmo sabendo que seria um primeiro concerto e logo perante a imprensa. Já em Tomar o problema e ansiedade passavam pela questão de fazerem as pessoas viajar até lá. Na data foram surpreendidos com muita gente a viajar não só de Lisboa mas também de sítios mais longe como Braga e Barcelos!
“Believe”, “Greatful”, “Cocoon”, “Elipse”, “Big Blue”, “Evilution”, “Innocense”, “iHysteria”, “They Said” e “The Path” são os temas a incluir neste primeiro Cd, que será também acompanhado de um DVD onde o grupo pretende incluir a gravação vídeo do concerto de Tomar, bem como pequenos takes incluindo sessões de gravação e com a banda. Ainda sem título e sem compromissos editoriais, o (agora) baixista revelou pensar em editar em selo próprio e querer iniciar um projecto de crowdfunding para financiar a edição. Descrevendo o som dos OHAT como algo entre o Rock Progressivo e ambiental, explicou que o nome do grupo está relacionado com os 120 BPM, o tempo ideal, numa música, para um som que lhe permite relaxar.
Studio Report realizado por Emanuel Ferreira