Ok, isto é estranho. Definir “Kunk” é uma tarefa hercúlea para poder ser concluída por meros mortais – embora os imortais também se vejam à rasca. Para quem conhece os Dope Body isto não é, de todo, inesperado. De música electrónica até ao noise rock, de tudo um pouco se passa aqui. A banda categoriza-se, na sua página do Facebook, como Trap Rock, e isto até nem é totalmente desprovido de sentido. Depois de tomarmos contacto com a sua música, parece que se fica como que preso a ela e sem conseguir descolar. Claro que isto depende muito dos seus níveis de tolerância e de abertura a coisas que obriguem a sair da zona de desconforto. Principalmente para quem for apreciador de metal.
Dito isto, não é um álbum fácil de ouvir para quem tem o metal como seu principal interesse, no entanto, a esquizofrenia aqui contida é sem dúvida cativante. Para os fãs de Fantômas, Mr. Bungle ou qualquer coisa mais ou menos desconexa onde o Mike Patton tenha colocado a voz, terá aqui uma boa surpresa, cujo principal problema será mesmo não ter a voz de Mike Patton. O hipnotismo funciona de diversas formas e temas como “Obey” e “Goon Line” são bons exemplos dessa mesma eficácia, sem esquecer a “Down”, que é o mais próximo que se tem do pop/rock alternativo tipicamente britânico.
Este não será de todo o álbum que fará o metaleir comum molhar a cuequinha de satisfação incontinente, no entanto, tem algumas características que poderão chamar a atenção. Algum frenesim noise, alguma esquisitice e parafernália electrónica, fazem de Kunk, um álbum a reter pelos aficionados de coisas esquisitas. A sua saída está apontada para o final de Agosto e a sua passagem por Portugal, no Sabotage Club, para Setembro. Estranha-se, continua-se a estranhar, mas vai-se entranhando aos poucos. Muito aos poucos.
Dito isto, não é um álbum fácil de ouvir para quem tem o metal como seu principal interesse, no entanto, a esquizofrenia aqui contida é sem dúvida cativante. Para os fãs de Fantômas, Mr. Bungle ou qualquer coisa mais ou menos desconexa onde o Mike Patton tenha colocado a voz, terá aqui uma boa surpresa, cujo principal problema será mesmo não ter a voz de Mike Patton. O hipnotismo funciona de diversas formas e temas como “Obey” e “Goon Line” são bons exemplos dessa mesma eficácia, sem esquecer a “Down”, que é o mais próximo que se tem do pop/rock alternativo tipicamente britânico.
Este não será de todo o álbum que fará o metaleir comum molhar a cuequinha de satisfação incontinente, no entanto, tem algumas características que poderão chamar a atenção. Algum frenesim noise, alguma esquisitice e parafernália electrónica, fazem de Kunk, um álbum a reter pelos aficionados de coisas esquisitas. A sua saída está apontada para o final de Agosto e a sua passagem por Portugal, no Sabotage Club, para Setembro. Estranha-se, continua-se a estranhar, mas vai-se entranhando aos poucos. Muito aos poucos.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira