About Me

Defect Designer - "Ageing Accelerator" Review






“Ageing Accelerator” estala logo com um death metal poderoso e bem modernaço. “Corpsewatcher” é uma bomba nesse sentido mas também é uma música que levará sem dúvida ao engano, já que há muito mais lá para a frente do álbum do que aquilo que esta primeira faixa parece indicar. Aliás, o padrão que temos aqui é que as faixas de mais curta duração são mais directas e encaixam perfeitamente no estereótipo mencionado no início do parágrafo, mas as que ultrapassam os cinco minutos, já nos mostram pormenores melódicos algo inesperados, onde as guitarras têm um papel preponderante. “The Terrible” e “I Remember You Dead” são excelentes exemplos, principalmente esta última que pega na melodia da música “Earth Song” de Michael Jackson (para quando uma cover a sério desta música) e coloca lá para o meio apenas por que sim.

Existem muitas coisas aqui desse género, que apenas estão aqui porque sim e se isso é a receita para o desastre, a coisa até não corre mal de todo. Claro que isso faz com que este segundo álbum dos russos Defect Designer possa sofrer do mal de esquizofrenia aguda que impede que as boas intenções se percam na tentativa de soar intelectual ou elevado musicalmente por incluir num estilo extremo outras coisas que não tenham nada a ver. Curiosamente não é isso que acontece aqui, mesmo que este segundo trabalho não seja, nem de longe nem de perto, a oitava maravilha do mundo.

Basicamente o que encontramos em “Ageing Accelerator” é uma salada russa (literalmente), onde um grande destaque é o grupo de convidados que tem. Os membros fixos são basicamente dois, que ficam encarregues das guitarras, baixo e vozes. Depois são ajudados na bateria por Flo Mounier dos Cryptopsy, por Christos Antoniou dos Septic Flesh nas teclas e  orquestrações, e ainda pelo também grego Stelios Mavromitis  (ex- Sorrowful Angels). E por falar em Spetic Flesh, o artwork ficou a cargo de Spiros Antoniou, com um trabalho gráfico que também já não impressiona, mas a apreciação da arte será sempre subjectiva. Resumindo, é um trabalho que se ouve bem mas que não dá muitos motivos ao ouvinte para que volte a pegar nele. Ainda assim, ligeiramente acima da média.

 
Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira