A evolução que os Cattle Decapitation tiveram é assustadora. Aos poucos, a cada álbum, é possível de apreciar diferentes elementos a incorporar a sua música, sem a descaracterizar nem à sua identidade. Isto para alguém que toca um misto de death metal brutal e grindcore, é algo bastante apreciável. Se no início, um dos grandes atractivos da banda era a sua mensagem lírica, totalmente vegan (refrescante para altura embora neste aspecto, os Carcass já o tivessem feito de uma forma diferente, mas influenciando um enorme número de músicos de grindcore e grindgore), actualmente é mesmo a música que capta por completo a atenção.
A musicalidade que este “Tha Anthropocene Extinction” tem, já o sétimo álbum da banda, é uma coisa do outro mundo. Essa musicalidade é ainda mais visível quando a voz gritada entra em acção. Pode parecer básico, e até é, mas esta é a fórmula usada em praticamente todo o álbum e resulta sempre. Ainda tem a agravante de não enjoar. Fazendo um paralelismo meio descabido mas que é o que parece mais apropriado, é mais ou menos o que acontece com os trabalhos de Anaal Nathrakh onde temos a brutalidade aliada de forma imprevisível à melodia, que normalmente é sempre viciante.
Pode-se não ficar com nenhuma música na cabeça após as primeiras audições, mas aquela sensação de prazer em que se acabou de ser fustigado por coisas como “The Prophets Of Loss”, “Clandestine Ways (Krokodil Rot)” e “Circo Inhumanitas” é única e a principal responsável para que este trabalho seja um dos melhores da carreira da banda e para ser um dos melhores discos do género death metal/grindcore (embora este género seja algo limitador para a banda) lançados este ano. Um excelente trabalho, obrigatório.
A musicalidade que este “Tha Anthropocene Extinction” tem, já o sétimo álbum da banda, é uma coisa do outro mundo. Essa musicalidade é ainda mais visível quando a voz gritada entra em acção. Pode parecer básico, e até é, mas esta é a fórmula usada em praticamente todo o álbum e resulta sempre. Ainda tem a agravante de não enjoar. Fazendo um paralelismo meio descabido mas que é o que parece mais apropriado, é mais ou menos o que acontece com os trabalhos de Anaal Nathrakh onde temos a brutalidade aliada de forma imprevisível à melodia, que normalmente é sempre viciante.
Pode-se não ficar com nenhuma música na cabeça após as primeiras audições, mas aquela sensação de prazer em que se acabou de ser fustigado por coisas como “The Prophets Of Loss”, “Clandestine Ways (Krokodil Rot)” e “Circo Inhumanitas” é única e a principal responsável para que este trabalho seja um dos melhores da carreira da banda e para ser um dos melhores discos do género death metal/grindcore (embora este género seja algo limitador para a banda) lançados este ano. Um excelente trabalho, obrigatório.
Nota: 9.2/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira