About Me

Whyzdom - "Symphony for a Hopeless God" Review


Os Whyzdom são responsáveis por um fenómeno um tanto ou quanto interessante. Em três álbuns conseguiram 3 vocalistas diferentes, isto sem contar com Clémentine Delauney (Visions of Atlantis), que nem disco chegou a gravar. Para melhorar o quadro, esta nova Marie Rouyer, parece ser uma fotocópia de qualidade inferior da anterior Elvyne Lorient, que já de si não era nada de especial, e que por sua vez foi substituir uma outra vocalista que pareceu, na altura, ter acabado de chegar à puberdade. Ou seja, vocalistas e os Whyzdom é coisa que não tem vindo a funcionar lá muito bem.

O que é triste visto que os Whyzdom são uma banda muito interessante e com excelentes músicos. O anterior "Blind?" até foi aqui revisto de forma bastante positiva, mas Symphony for a Hopless God faz suscitar as primeiras duvidas sobre as potencialidades deste coletivo francês. Desde já convém referir que desde o seu aparecimento pouco ou nada mudou na musica dos Whyzdom. Continuamos a ouvir o mesmo tipo de linhas vocais, riffs e orquestrações e já se sabe como é, apresentar o “mesmo produto” sem oscilações de qualidade não é para qualquer um, e a qualidade essa aqui é muito irregular. Desde temas com ideias interessantes que descambam em refrões sofríveis, ou outros que parecem não ir a lado nenhum junta-se a dita prestação vocal, que por vezes de tão forçada que é em alguns tons, parece que os pulmões da senhora poderão rebentar a qualquer momento.

Felizmente que há umas quantas faixas que se safam de forma irrepreensível, e ressuscitam o que de bom este coletivo já nos deu anteriormente. É que por mais pesados que sejam os riffs, o grande enfoque dos Whyzdom é, e até ver será sempre nas melodias, e é em Tears of an Hopeless God, Asylum of Eden e no intenso Waking up the Titans que parece ter havido maior criatividade, trazendo todos os predicados que tornaram esta banda, outrora, num dos mais interessantes coletivos do género.

Apesar de tudo, mantém-se a resistência dos Whyzdom em seguir os clichês habituais do género, o que ainda assim é de aplaudir. Mas ao contrário do que aconteceu há três anos, as expectativas para um novo disco de Whyzdom caem consideravelmente, tirando claro, saber qual será a próxima vocalista.

Nota: 6.2/10

Review por António Salazar Antunes