Depois dos Goblin, banda clássica para sempre associada ao cinema de terror europeu pela sua participação e colaboração nos filmes de Dario Argento e George Romero, surgem os Goblin Rebirth. Com alguma atribulação na sua história, a banda acabou por se fragmentar e esse (longo) tempo de ausência serviu para que o culto crescesse, de certa forma, surpreendentemente. A banda reuniu-se novamente já no novo milénio, após um longo silêncio, acabando por se separar em duas formações. De um lado o nome Goblin ficou com Claudio Simonetti e com os ex-membros da sua banda Daemonia e do outro, a restante banda juntou-se nesta designação Goblin Rebirth.
Para quem já conhece os Goblin (e, claro, aprecia), este renascimento vai saber mesmo bem, já que consegue capturar os elementos que fizeram dos Goblin a banda de culto do imaginário de horror. Claro que de uma perspectiva contemporânea, quando se pensa em imaginário de horror, pensa-se em algo black metal, gore, ou até mesmo black metal melódico teatral. No entanto, para quem viu os filmes onde a banda participou, ou até mesmo algo do John Carpenter, há todo um imaginário que é intrigante e atractivo e esse imaginário está aqui bastante vivo. Instrumental e com um forte sabor progressivo, este álbum revela-se mais viciante do que aquilo que se previa à partida.
Mesmo quem não seja nostálgico no que diz respeito ao cinema europeu de terror, se tiver gosto por rock progressivo, de certeza que vai encontrar razões de sobra para dar umas valentes audições na música desde “Goblin Rebirth”. Desde um “Evil In The Machine” que nos transporta para as estruturas das composições de uns Dream Theater, já “Forest” poderia ter sido algo que os Camel ou mesmo Pink Floyd/David Gilmour poderiam ter feito. É um álbum suave – para quem tem os ouvidos endurecidos pela música extrema concordará de certeza – movido principalmente a teclados mas onde a guitarra também tem a sua palavra de vez em quando e que servirá sem dúvida como um excelente bálsamo para os ouvidos. Boa surpresa para quem não tinha qualquer expectativa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Para quem já conhece os Goblin (e, claro, aprecia), este renascimento vai saber mesmo bem, já que consegue capturar os elementos que fizeram dos Goblin a banda de culto do imaginário de horror. Claro que de uma perspectiva contemporânea, quando se pensa em imaginário de horror, pensa-se em algo black metal, gore, ou até mesmo black metal melódico teatral. No entanto, para quem viu os filmes onde a banda participou, ou até mesmo algo do John Carpenter, há todo um imaginário que é intrigante e atractivo e esse imaginário está aqui bastante vivo. Instrumental e com um forte sabor progressivo, este álbum revela-se mais viciante do que aquilo que se previa à partida.
Mesmo quem não seja nostálgico no que diz respeito ao cinema europeu de terror, se tiver gosto por rock progressivo, de certeza que vai encontrar razões de sobra para dar umas valentes audições na música desde “Goblin Rebirth”. Desde um “Evil In The Machine” que nos transporta para as estruturas das composições de uns Dream Theater, já “Forest” poderia ter sido algo que os Camel ou mesmo Pink Floyd/David Gilmour poderiam ter feito. É um álbum suave – para quem tem os ouvidos endurecidos pela música extrema concordará de certeza – movido principalmente a teclados mas onde a guitarra também tem a sua palavra de vez em quando e que servirá sem dúvida como um excelente bálsamo para os ouvidos. Boa surpresa para quem não tinha qualquer expectativa.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira